Conheça 5 investimentos atrelados à inflação!
Acontecimentos como o enfraquecimento da pandemia do coronavírus e o retorno da vida cotidiana no mundo todo provocaram um aumento na demanda por produtos e serviços. Com isso, os preços dispararam. Mas saiba que, apesar do contexto difícil, é possível investir no mercado financeiro com grandes chances de sucesso.
A questão é que existem ótimos investimentos atrelados à inflação. Por meio deles, você pode não apenas manter o seu poder de compra, como também conquistar rentabilidades superiores, fazendo de um momento tão conturbado uma grande oportunidade de reposicionar a sua carteira e diversificar o portfólio.
Quer descobrir como? Então, continue sua leitura e fique por dentro do assunto!
Afinal, o que é a inflação?
De maneira resumida, podemos definir a inflação como um indicador do aumento dos preços de produtos ou serviços, reduzindo o poder de compra da população. Isso acontece naturalmente em qualquer sistema econômico, mas o seu descontrole pode ser altamente prejudicial, especialmente se ocorrer em níveis muito altos e/ou em grande velocidade.
No Brasil, a inflação é observada sobretudo por meio do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), que é mensalmente calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para isso, a entidade avalia uma série itens nas nossas principais cidades, separados em categorias como transporte, vestuário, alimentos, aluguel etc.
Como a inflação influencia o mercado?
Não é complicado entender como a inflação influencia a economia cotidiana. Afinal, isso é perceptível sempre que vamos comprar alimentos ou quando o contrato de aluguel sofre um grande reajuste no final do ano. A situação ficou mais visível com o relaxamento da pandemia, uma vez que a demanda maior fez os preços dispararem em todo o mundo.
No entanto, o que muita gente não sabe é que o índice elevado também tem impactos sensíveis no mercado financeiro. Uma inflação muito alta pode corroer a rentabilidade real das aplicações, fazendo com que os investidores precisem encontrar formas estratégicas de assegurar seus rendimentos e proteger suas carteiras.
Quais os melhores investimentos atrelados à inflação?
Agora que você já sabe o que é a inflação e entendeu um pouco melhor como ela influencia o mercado, é natural que queira aprender como proteger o seu patrimônio e garantir os seus rendimentos. Felizmente, existem produtos e ativos que conseguem oferecer tais benefícios, usualmente sendo atrelados ao índice. Veja, a seguir, alguns exemplos.
1. Tesouro Direto IPCA+
Os títulos do Tesouro Direto IPCA+ (também conhecidos como NTN-B) são uma boa opção para quem busca investimentos atrelados à inflação. Entre as suas numerosas vantagens, está o fato de serem emitidos pelo Governo Federal. Logo, eles são bastante seguros e recomendados para quem tem um perfil mais conservador de aplicar.
Além de pagarem uma taxa prefixada no ato da aquisição, o que garante o poder de compra é que a rentabilidade é somada à variação do IPCA, um índice de preços oficial, como vimos no primeiro tópico deste conteúdo. Com isso, o Tesouro Direto IPCA+ se configura como uma das formas mais simples de proteger seu patrimônio.
2. Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)
Os Fundos de Investimento Imobiliário, popularmente chamados de FIIs, são um modo inteligente de investir e fugir da inflação. Como o próprio nome diz, eles alocam seus recursos em propriedades ou títulos de renda fixa atrelados ao mercado de imóveis, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
Esse é um segmento altamente valorizado no Brasil e que sobrevive bem mesmo nas maiores crises. Porém, se você não tem dinheiro suficiente ou simplesmente não quer comprar uma casa, apartamento, terreno ou loja comercial, um FII é a opção certeira para gastar menos e receber com os aluguéis de shoppings, galpões e unidades comerciais.
3. Debêntures incentivadas
As debêntures incentivadas também vêm se mostrando uma ótima alternativa para quem deseja proteger seu poder de compra nos últimos tempos. No entanto, como são títulos de renda fixa emitidos por empresas para capitalizar sua operação e financiar projetos de investimentos, é preciso fazer uma boa análise antes de escolher o ativo.
Enquanto as debêntures comuns não são muito atraentes em tempos de inflação alta, as incentivadas são atreladas ao índice, trazendo mais garantias ao investidor, sobretudo se tiverem prazos inferiores a cinco anos. Além disso, não sofrem cobranças de taxa de administração ou custódia, podendo ser isentas de imposto de renda.
4. LCIs e LCAs atrelados à inflação
Como dissemos, as LCIs podem ser uma boa opção contra a inflação, assim como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). São títulos emitidos por instituições financeiras que podem ser atrelados à inflação, partindo de uma rentabilidade com uma taxa prefixada somada à correção por um índice, usualmente o IPCA.
Na prática, o fato interessante é que eles podem pagar mais do que os produtos do Tesouro Direto com prazos similares, contando também com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que imprime um risco quase inexistente de calote. Um problema é que ambos não contam com liquidez diária, precisando ser mantidos até o vencimento.
5. ETFs de renda fixa
Por fim, não podemos deixar de falar dos Exchange Traded Funds (Fundos Negociados em Bolsa), ou ETFs de renda fixa. Eles se referem aos fundos que replicam índices do mercado, basicamente compostos de títulos negociados com o objetivo específico de refletir determinado indicador do mercado acionário.
Assim, oferecem a importante vantagem da diversificação da carteira em um só produto, pois contam com coletividade de aplicações com uma finalidade específica. Um exemplo famoso por aqui é o BRAX11, que tem as 100 ações mais negociadas da B3 em seu portfólio, replicando o índice IbrX-100, e que praticamente isenta o gestor de qualquer decisão.
Pronto! Ao apostar com consciência nos investimentos atrelados à inflação, você protege o seu poder de compra e tem mais tranquilidade, mesmo diante das muitas oscilações que a economia mundial vem enfrentando nos últimos tempos.
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