ICB: entenda o que é e como funciona o Índice de Commodities Brasil
Há quanto tempo você costuma acompanhar o mercado financeiro? Se você já é um “marinheiro de longa data”, provavelmente notou que as commodities estão cada vez mais populares entre os investidores.
Para facilitar a compreensão a respeito desse segmento da Bolsa de Valores, a B3 desenvolveu uma ferramenta que pode ser extremamente útil aos investidores: o ICB — Índice de Commodities Brasil. Quer saber mais sobre o funcionamento desse indicador? Então, acompanhe a leitura do artigo!
O que é o Índice de Commodities Brasil?
Para explicar o que é o Índice de Commodities Brasil, ou ICB, podemos utilizar outro indicador, bastante famoso e conhecido por todos os investidores: o Ibovespa.
Basicamente, o Ibovespa é uma carteira teórica de ativos com as maiores negociações da Bolsa de Valores. Entretanto, nesse índice, entram apenas as ações de empresas, como Petrobrás, Vale e outras grandes companhias de capital aberto.
Seguindo a mesma metodologia, o ICB é um índice elaborado com base em uma carteira teórica com os preços das commodities mais negociadas no mercado financeiro. Então, ao invés de considerar as cotações de ações, o ICB utiliza os preços de ativos, como o boi gordo, o café arábica e outros desse mesmo segmento.
Quais são os objetivos do ICB?
O ICB foi desenvolvido com a pretensão de se tornar um índice de referência (benchmark) para fundos de investimentos, investidores e administradores de carteira, que aplicam diretamente no mercado de commodities.
Na maior parte das vezes, os benchmarks são utilizados para efeitos de comparação e avaliação do desempenho das aplicações. Sendo assim, por meio da análise do ICB, quem investe em alguma commodity pode comparar os retornos obtidos com o panorama atual desse segmento do mercado para tomar decisões mais eficazes.
Como é feita a composição do ICB atualmente?
Hoje em dia, qualquer commodity que tenha contrato futuro e seja negociada na Bolsa de Valores pode compor o ICB. Entretanto, desde a criação do índice, apenas quatro commodities participaram de sua composição. São elas: boi gordo, café, milho e etanol hidratado.
Para o desenvolvimento do índice, foi estabelecido o uso de duas variáveis: a produção e a liquidez das commodities – sendo a última o item de maior relevância no cálculo do ICB. Além disso, o índice é calculado utilizando uma média de produção das commodities nos últimos cinco anos.
Quais são as vantagens e desvantagens de se investir em commodities?
O investimento em commodities está se expandindo graças à sua importância na engrenagem econômica. Basta refletir um pouco para entender que não há indústria que funcione sem o fornecimento das commodities. Sendo assim, essas matérias-primas sempre serão essenciais para grande parte dos processos de produção, provocando demandas contínuas sobre os produtos.
Além disso, investidores estão buscando cada vez mais diversificação da carteira de investimentos, e o segmento das commodities pode ser uma ótima alternativa. Existem ativos que são menos voláteis a algumas ações negociadas na Bolsa.
Entretanto, não há como negar que as commodities também fazem parte de um mercado de renda variável e não são imunes às oscilações de preço. Pode-se imaginar, mas não prever, o comportamento dos ativos a longo prazo. Excessos de produção e oferta podem refletir na queda de preços, bem como a escassez de uma commodity pode significar uma alta na cotação. É preciso, como sempre, estar bem atento a essas questões antes de tomar uma decisão definitiva sobre seus investimentos.
Caso você já tenha refletido e decidido entrar no mercado de commodities, tenha em mente sempre considerar o ICB para balizar suas aplicações. Ele pode ajudar bastante no controle e elucidar seus próximos passos.
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