Por que o Tesouro Direto vale mais que a poupança?
Estudo realizado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) mostra que, em 2018, apenas 42% da população tinha algum produto financeiro e, entre esses, 88% aplicavam na poupança.
Embora a poupança continue sendo a principal escolha para fazer o dinheiro render, a verdade é que ela é uma das aplicações com a pior remuneração e, por vezes, chega a perder da inflação.
O mercado financeiro apresenta outras opções mais interessantes para quem busca rentabilidade e segurança, como o Tesouro Direto. Neste artigo, vamos ver como funcionam a poupança e o Tesouro Direto e mostrar por que esse é melhor. Acompanhe!
Como funciona a poupança?
Para começar, é preciso entender como funciona a poupança. Entre as vantagens dessa aplicação, podemos citar:
- é isenta de Imposto de Renda;
- é simples de aplicar;
- não existe investimento inicial mínimo;
- permite o resgate a qualquer momento;
- tem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mecanismo pelo qual o investidor é reembolsado em até R$250 mil por CPF por instituição financeira em caso de falência da instituição financeira.
O principal problema da poupança é a rentabilidade, que é muito baixa. O rendimento da poupança pode se dar de duas formas, dependendo do patamar em que estiver a taxa Selic, conforme abaixo:
- quando a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial);
- quando a taxa Selic for igual ou menor que 8,5%, a poupança rende 70% da Selic + TR.
Com a Selic a 6,5% ano e a TR valendo 0%, o rendimento da poupança dá 0,3715% ao mês. Além disso, não há nada no cálculo do rendimento da poupança que garanta que ela vai render mais que a inflação.
Em 2015, por exemplo, enquanto o rendimento da poupança foi de 8,07%, a inflação medida pelo IPCA foi de 10,67%. Por fim, vale destacar que, embora seja verdade que é permitido resgatar o dinheiro da poupança a qualquer momento, o rendimento só é creditado uma vez ao mês.
O que é Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa pelo qual investidores pessoa física podem comprar títulos públicos. É possível comprar frações de títulos, de forma que o investimento inicial mínimo é de apenas R$30. Além disso, você pode resgatar o dinheiro quando quiser.
Existem três tipos diferentes de títulos. Veja abaixo:
- Tesouro Selic: esse é um título pós-fixado, cujo rendimento acompanha a taxa Selic. É mais indicado, portanto, para momentos de alta da taxa;
- Tesouro Prefixado: nessa modalidade, o investidor sabe exatamente qual é a remuneração que vai receber no vencimento do título;
- Tesouro IPCA+: esse título tem uma parte prefixada, ou seja, uma taxa de juros que é conhecida no momento da aplicação, e outra pós-fixada, que é atrelada ao IPCA. É ideal, portanto, para proteger o dinheiro contra os efeitos da inflação, uma vez que sempre vai render mais que ela.
No site do Tesouro Direto, é possível fazer uma simulação. Consideramos um investimento de R$1.000 no título Tesouro Selic 2025. De acordo com o simulador, em março de 2025, no vencimento do título, o investidor teria R$1.427,88 se investisse no Tesouro Selic 2025 e R$1.335,81 se colocasse o dinheiro na poupança. A simulação considerou uma taxa Selic de 6,45% ao ano.
Há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos dos títulos públicos, com alíquota de 22,5% a 15%. Por fim, embora o Tesouro Direto não conte com a garantia do FGC, tem garantia do governo, por isso é considerado de baixo risco.
Como aplicar no Tesouro Direto?
Para aplicar no Tesouro Direto, basta abrir uma conta em uma corretora de valores, fazer uma transferência, escolher seu título e realizar a compra. As aplicações e resgates podem ser feitos todos os dias úteis, das 9h30 às 18h.
Agora você já sabe o que é e como aplicar no Tesouro Direto. Ao se familiarizar com um novo tipo de investimento, dá também o primeiro passo para conhecer novas opções e diversificar sua carteira.