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Investidor Iniciante

Os melhores investimentos: saiba onde investir em qualquer cenário econômico! Parte 2

Por Fernando Caliman Pissó
29 agosto 2019 - 16:52 | Atualizado em 07 agosto 2023 - 18:51
riscos para investidores

No artigo passado eu apresentei uma breve introdução do como investir em qualquer cenário econômico e o porquê da Renda Fixa não ter “morrido” mesmo em cenários de juros baixos.

Mas e aí? Existe mesmo uma fórmula mágica de estrutura perfeita na hora de começar a investir? 

É claro que não. O mercado é dinâmico e a psicologia humana, além de insaciável, não é tão racional quanto as teorias econômicas sugerem. Mas sempre é possível ter em mente uma “estrutura coringa” na hora de investir!

Antes de mais nada, entenda: se você apenas guarda dinheiro e não investe, valeria mais não guardar e gastar tudo, pois a inflação está “corroendo” o valor do seu dinheiro ao longo do tempo.

Então preste atenção aqui e vamos começar a investir!

Regra número 1

mesmo que você possua um perfil de investidor altamente agressivo, tenha investimentos em Renda Fixa e de resgate rápido, por maior que seja seu apetite ao risco, imprevistos sempre podem acontecer. Se você estiver totalmente alocado em ativos de risco, pode precisar assumir prejuízos feios em casos de emergência. 

Ou seja, uma porcentagem de suas aplicações sempre deve ser destinada à Renda Fixa, confira aqui de acordo com o seu perfil. 

Regra número 2

conheça os ativos de cada categoria. Na Renda Fixa encontramos os Títulos Públicos (Tesouro Direto) e Títulos Privados (emitidos por bancos e empresas). Em tempos de expectativas de queda na taxa de juros, fique atento aos títulos pré-fixados – eles  podem valer mais a pena, já que os pós-fixado ligados à taxa de juros vão apresentar rentabilidade mais tímida.

Já nas aplicações de Renda Fixa em médio e longo prazo que não forem isentas de Imposto de Renda, a estratégia é tentar ficar pelo menos dois anos na aplicação para pagar a alíquota mínima de 15%. 

Já com ativos de prazo de cinco anos ou mais, tome cuidado: mesmo se tratando de Títulos do Tesouro, vivemos em um país que “até o passado é incerto”. Em cinco anos, por exemplo, passamos por pelo menos duas eleições presidenciais, ou seja, muitas coisas podem mudar no mercado…

É importante lembrar que empresas também emitem títulos de Renda Fixa! Existem debêntures emitidas pela Petrobrás, por exemplo. O risco? Se a empresa quebrar, você pode não receber o seu dinheiro. Mas se levar o título até o vencimento, você terá uma rentabilidade que foi “acordada” no momento da aplicação. Isso é muito diferente de investir em ações em que não se sabe o quanto será resgatado após um determinado prazo, pois as mesmas estão sujeitas às oscilações de mercado. 

Em tempos de juros baixos, muitas empresas são beneficiadas pelo fato de o “custo do dinheiro” estar também mais baixo. Não sabe o que isso significa? Entenda aqui. 

Por isso, os setores de construção e varejo, por exemplo, podem ser uma boa opção neste cenário. Um CRI da construtora Cyrela pode ser uma boa opção para investir na empresa sem entrar na bolsa e estar isento de Imposto de Renda (como todo CRI e CRA), já que o cenário econômico é favorável para que a empresa não vá a falência.

Na categoria de Renda Variável, de forma bem resumida e simplista, há o mundo das Ações e dos Fundos Imobiliários. O investidor pode adotar a estratégia de “buy and hold” (comprar e carregar) em todo cenário econômico. 

Ou seja, se há um entendimento técnico de que a empresa ou o Fundo Imobiliário é sólido e lucrativo, o investidor compra sempre os mesmos ativos em períodos diferentes e assim ele vai constantemente ajustando o preço médio e alavancando seu patrimônio de longo prazo sem dar tanta importância à cotação, mas sim ao VALOR que implica naqueles títulos. 

O mesmo se repete em momentos de “bolsa em alta” e “bolsa em baixa: independente do cenário de mercado, a estratégia de “buy and hold” nunca muda. 

E para aqueles que gostam de emoção podem reservar um pedacinho de seu patrimônio para “batizar” de Capital Alocado a Risco. Neste caso, ele pode “brincar” com as cotações fazendo Swing Trade para ganhar nos momentos de mercado e tendo ciência que a aposta pode dar errado. Em momentos de queda no mercado, ele pode apostar nas quedas entrando “vendido nas operações”. 

Mas lembre-se! Esse é o “dinheiro da cachaça” e não o do leite! 😉

Por mais que seja muito mágica a emoção das aplicações, entenda que patrimônio não deve entrar no jogo! Na hora de ganhar somos todos arrojados, mas na hora de perder…

E claro, a melhor forma de estar realmente atento aos momentos de mercado tanto para a Renda Fixa quanto para a Renda Variável é contando com a ajuda de profissionais que não te escondem nenhuma informação. O conhecimento é sempre nossa maior defesa!




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