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Saiba o que é CDB e como realizar esse tipo de investimento!

Por Rodrigo Santos
09 dezembro 2019 - 13:10 | Atualizado em 12 abril 2023 - 14:29
cdb

Se você investe, já deve ter ouvido falar do CDB. Trata-se de uma aplicação de renda fixa que é oferecida por bancos e corretoras e que é uma ótima alternativa à poupança, porque é tão segura quanto ela, mas apresenta um rendimento maior.

CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário e é um título que os bancos emitem para captar recursos. Em troca, pagam a quem investe neles uma taxa de juros, que é o rendimento da aplicação.

Neste artigo, vamos entender melhor como funciona o CDB e quais são as vantagens e os riscos desse investimento. Acompanhe!

Qual é o rendimento do CDB?

A resposta para essa pergunta é: depende. O rendimento do CDB varia de acordo com três fatores:

  • porte do banco emissor;
  • valor do aporte;
  • prazo de vencimento da aplicação.

De forma geral, CDBs de bancos menores tendem a oferecer melhores rendimentos. Isso porque o risco de crédito desses bancos — tema do qual trataremos com mais detalhes adiante — é maior do que o das grandes instituições financeiras. Como risco e retorno andam de mãos dadas, as aplicações de maior risco tendem a oferecer juros mais interessantes.

Além disso, os bancos costumam oferecer taxas melhores para aporte de maior valor e que vão permanecer mais tempo na aplicação, justamente como uma forma de estimular um investimento maior e mais prolongado.

Como funciona o rendimento do CDB?

Como acontece com outros títulos de renda fixa, os CDBs podem ser:

  • pós-fixados, ou seja, acompanham o rendimento de algum índice, sendo que o mais comum é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário);
  • prefixados, ou seja, pagam uma taxa de juros fixa, que é conhecida no momento da aplicação;
  • híbridos, ou seja, uma parcela do rendimento é prefixada e a outra, pós-fixada, normalmente atrelada ao IPCA, que é o índice oficial de inflação do Brasil. Esse tipo de CDB é mais raro.

Aqui, é importante dar uma explicação. Embora CDI seja uma sigla parecida com CDB, as duas têm significados completamente diferentes. Enquanto o CDB é a aplicação da qual estamos falando, CDI é a taxa de juros que os bancos praticam nos empréstimos entre si, com duração de um dia e que segue muito de perto a Selic, que é a taxa básica de juros do país.

Assim, um CDB pós-fixado pode pagar, por exemplo, 100% do CDI. Apenas para comparar, a poupança rende 70% da taxa Selic mais TR (Taxa Referencial). Como a TR está zerada já há alguns anos, na prática o rendimento da poupança corresponde a 70% da Selic.

Enquanto escrevemos este texto, em dezembro de 2019, a Selic estava em 5%, o que significa que o rendimento da poupança é de 3,5% ao ano. Já um CDB que renda 100% do CDI vai pagar algo próximo de 5% ao ano.

Quando posso resgatar a aplicação?

Mais uma vez não existe uma resposta única para essa pergunta. Existem CDBs com liquidez diária, ou seja, que podem ser resgatados a qualquer momento. Essa é a opção ideal para quem quer deixar o dinheiro aplicado por um prazo curto. Por exemplo, se você está juntando dinheiro para viajar ou comprar alguma coisa dali a seis meses, essa é uma excelente alternativa.

Outros CDBs só podem ser resgatados na data de vencimento do título e existem ainda aqueles que passam a ter liquidez diária apenas após um determinado período de carência. Portanto, antes de aplicar é preciso observar com atenção essas informações para não ser pego de surpresa.

Mas o que são prazo de vencimento e prazo de carência? O primeiro é a data na qual a aplicação original vence e o dinheiro é devolvido aos investidores com juros, já o segundo é o período no qual o dinheiro que está investido não pode ser resgatado.

Quais são as vantagens de investir em CDBs?

Os CDBs são uma opção de investimento tão segura quanto a poupança. Isso porque contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), um mecanismo pelo qual o investidor recebe de volta o valor investido em caso de falência da instituição financeira, de forma a mitigar o risco de crédito. Esse reembolso é limitado a R$250 mil por CPF, por instituição financeira.

Além disso, pode ter liquidez diária, se essa for uma necessidade para você. Vale lembrar que, na poupança, embora o dinheiro possa ser sacado a qualquer momento, o rendimento só é pago uma vez por mês, o que significa que, se você fizer o resgate em qualquer outro dia que não seja a data de aniversário da sua poupança, perderá o rendimento do período.

Por fim, não são cobradas taxas de administração nos CDBs, como ocorre, por exemplo, com os fundos de investimentos.

E as desvantagens?

Existem dois principais riscos que envolvem o investimento em CDBs. Já mencionamos o primeiro, que é o risco de crédito, ou seja, a possibilidade de a instituição financeira não conseguir honrar seus compromissos e não pagar o combinado para o investidor. O FGC, entretanto, minimiza de forma considerável esse risco.

Outro risco é o de liquidez, que diz respeito ao fato de o investidor não conseguir transformar a aplicação em dinheiro rapidamente e pelo valor justo. Por isso, é preciso estar atento ao prazo de vencimento e de carência da aplicação. Se você for precisar do dinheiro no curto prazo, opte por um CDB com liquidez diária.

Em relação à poupança, uma das desvantagens é que o CDB sofre incidência de Imposto de Renda, assim como boa parte dos investimentos. A alíquota máxima é de 22,5% sobre o rendimento e a mínima de 15%, dependendo do tempo em que o dinheiro permanece aplicado (quanto maior o tempo, menor a alíquota).

Ainda assim, o CDB é uma excelente opção para ajudar a aumentar seu patrimônio e pode ter ótima rentabilidade com baixo risco. Para isso, é importante pesquisar entre as instituições financeiras aquelas que oferecem as melhores rentabilidades com condições compatíveis com as suas necessidades.

Agora você já sabe como funciona o CDB e tem condições de escolher o mais adequado para os seus objetivos e para o seu perfil. Não deixe de pesquisar e observar com cuidado as condições da aplicação.

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