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Planejamento financeiro pessoal: como fazer para investir com segurança

Por Fernando Caliman Pissó
09 outubro 2019 - 15:53 | Atualizado em 07 agosto 2023 - 18:51
planejamento financeiro

Imagine que você queira construir uma casa. Quais são os passos para isso? Você pensa onde vai querer morar, imagina como quer que a sua casa seja, checa quanto vai poder gastar nisso, contrata um arquiteto que vai planejar a sua casa dentro do seu orçamento e respeitando os seus desejos e necessidades.

Assim, vemos que para tirar esse sonho do papel você precisa de planejamento. Além disso, tem que levar em consideração a sua situação específica. Podemos ampliar esse conceito para todo o seu planejamento financeiro pessoal. Quem não cuida das suas finanças não chega a lugar nenhum.

Pensando nisso, elaboramos este post para ajudar você a saber para onde vai seu dinheiro, conseguir poupar, aprender a investir com segurança e construir seu patrimônio. Acompanhe!

Anote todos os seus gastos

Pense em uma empresa. Consegue imaginar um negócio que não saiba no que está gastando seu dinheiro? Dificilmente algo assim vai para a frente e tem lucro, não é? Nosso orçamento pessoal é como uma pequena empresa. Não adianta esperar “sobrar dinheiro” para investir no fim do mês, porque isso dificilmente vai acontecer.

O segredo aqui é controle. Quando você começar a anotar, vai se surpreender com o quanto gasta em pequenas coisas, como cafezinhos, sobremesas, aplicativos de transporte e por aí vai. Isso não significa deixar tudo isso de lado, mas passar a fazer escolhas mais conscientes. Assim você sabe para onde vai o seu dinheiro.

Por exemplo, se você toma um café e come um bombom de sobremesa todos os dias e gasta R$8 por dia, são R$ 240 por mês, considerando 22 dias úteis. Se você economizasse esse valor, daria R$ 2.880 por ano. Em 10 anos, seriam R$ 28.800, sem contar nenhum rendimento. Ou seja, 10 anos de cafés e bombons é uma viagem para a Europa.

Tudo bem se você decidir que quer continuar tomando seu café e comendo o bombom, mas essa vai ser uma decisão consciente.

Da mesma forma, se juntar pequenos gastos, pode se surpreender com o quanto aquilo significa em um mês. Quer ver? Vamos imaginar que você pague R$ 27 no streaming de música, R$ 33 no de vídeos, R$ 170 de TV por assinatura, R$ 100 de academia. Somando tudo, dá R$ 330 por mês. Não é mais tão pouco.

Elimine supérfluos

Esse item é uma consequência direta do anterior. Agora que você sabe no que gasta, chegou a hora de avaliar se tudo isso faz sentido. Mais uma vez: não significa abrir mão de todos os gostos, mas de estabelecer prioridades. Se você tem sonhos e objetivos, muito provavelmente vai ter que abrir mão de coisas menos importantes para alcançá-los.

Por isso, pegue a sua lista de gastos e elimine aquilo que não traz retorno suficiente. Pense em trocar o pacote da TV por assinatura por outro mais barato — ou cancelar o serviço de vez —, reduzir idas a restaurantes e trocar programas mais caros por outros mais baratos. Em vez de gastar R$ 500 em um show internacional, pode-se fazer um piquenique com os amigos no parque ouvindo música, por exemplo.

Crie um orçamento mensal

Coloque todas as suas receitas e despesas (fixas e variáveis) na ponta do lápis. Pode ser literal — no papel — ou com o valioso auxílio da tecnologia, usando planilhas ou aplicativos específicos para isso. O importante é ter esse controle.

Para as despesas variáveis, como gastos com supermercado, lazer, vestuário etc., estabeleça um limite. Uma dica: coloque um limite semanal, não mensal, porque facilita o controle. Por exemplo: R$700 por semana para viver, com mercado, transporte, medicamentos etc.

Se colocar um limite de R$2.800 por mês para viver, é bem mais provável que você chegue lá pelo 20º dia sem um tostão no bolso e fure seu orçamento.

Outra dica importante é deixar uma pequena folga no seu orçamento. Nunca conseguimos fazer uma previsão totalmente precisa de quanto vamos gastar porque pequenos imprevistos acontecem o tempo todo.

Quer alguns exemplos? A bateria do computador estraga e tem que trocar; um filho fica doente e você precisa comprar um remédio; surge um aniversário e é necessário comprar um presente, e por aí vai. A ideia é ter controle e conseguir economizar para investir, mas sem passar necessidade.

Defina suas metas

Quase tudo na vida é uma escolha entre curto e longo prazo: comer um bombom todos os dias e engordar ou me privar desse prazer para manter a forma no longo prazo? Sair com os amigos no fim de semana ou aproveitar esse período para estudar e fazer aquela pós que vai ajudar a alavancar minha carreira?

Em inglês existe um ditado que diz “no pain, no gain”. Na tradução literal, seria “sem dor, sem ganho”. Não precisamos ser tão dramáticos, mas podemos manter a ideia de que, para alcançar um benefício futuro, é preciso fazer pequenos sacrifícios no presente.

O melhor jeito de tornar isso mais leve é justamente tendo em mente o ganho que você vai ter lá na frente. Por isso, torne esse futuro palpável: uma casa, um carro, uma viagem, uma pós-graduação. Assim você define quanto precisa para chegar até lá e em quanto tempo pretende alcançar a meta.

Faça do investimento mais uma linha do seu orçamento

Vamos imaginar que você queira reformar a sua casa, e para isso precise de R$ 100 mil. Você fez seu orçamento e eliminou os supérfluos. Separe um valor para investir mensalmente, como se fosse mais uma conta. Por exemplo, R$ 3 mil por mês.

Se fizer uma contribuição mensal nesse valor para um investimento que renda 0,3% ao mês, consegue juntar esse valor em 35 meses, graças à ajuda dos juros compostos. Pode levar um tempo, mas você vai conseguir alcançar o seu objetivo.

Agora você já sabe como fazer o seu planejamento financeiro pessoal e viu como fazer o dinheiro sobrar para investir com segurança. Para quem vive do dinheiro que ganha, essa é a única forma de conquistar a independência financeira, alcançar seus objetivos e realizar seus sonhos. Organização e planejamento são as palavras de ordem.




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