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6 investimentos e estratégias para investir com pouco dinheiro

Por Fernando Caliman Pissó
15 julho 2020 - 18:54 | Atualizado em 07 agosto 2023 - 18:51
estrategias para investir
Young entrepreneurs analyzing business chart in the office

Ainda reina no Brasil o mito de que é preciso ter muito dinheiro para investir. Nada, porém, está mais longe da verdade. Menos de R$100 são suficientes para começar a investir e ter um bom retorno, fazendo seu dinheiro render mais do que se estivesse, por exemplo, na poupança.

Isso porque a rentabilidade da poupança é muito baixa, então, se quiser fazer seu patrimônio crescer, você precisa procurar opções mais rentáveis, balanceando risco e retorno de acordo com seus objetivos e com seu perfil de investidor.

Neste artigo, vamos ver 6 opções de investimentos e estratégias que exigem aplicação mínima pequena para você investir com pouco dinheiro. Acompanhe!

1. Estabelecer metas financeiras

Antes de entrar nos produtos de investimento, vamos falar de estratégia. Todo mundo fala que é importante poupar e investir, mas você sabe por que e como fazer isso? Investir é a melhor forma de juntar dinheiro para ter segurança, tirar seus projetos do papel e ainda garantir um futuro tranquilo.

Se você ainda não investe, comece formando uma reserva financeira para emergências. Embora não exista um consenso entre os especialistas, recomenda-se que ela tenha o equivalente a algo entre 3 e 6 vezes a sua renda mensal. Coloque esse dinheiro em aplicações de baixo risco e alta liquidez.

Depois disso, liste o que você quer alcançar: a casa própria, uma viagem internacional, trocar de carro. Veja quanto custa, estabeleça um prazo e invista o valor correspondente por mês. Isso torna seu sonho mais tangível e serve como motivação para manter a disciplina.

2. Conhecer seu perfil de investidor

Não existe “o” melhor investimento, mas aquele que é mais adequado para você e para o seu perfil. Aqui, é preciso ter uma boa dose de autoconhecimento para saber quanto risco você suporta tomar nos seus investimentos. Ou seja, deve avaliar se você se sente confortável com variações negativas de curto prazo em troca da possibilidade de ganhar mais no longo prazo.

Isso vai determinar quanto do seu dinheiro deve ir para aplicações mais seguras e quanto deve ir para opções que oferecem chances de retorno mais alto, mas são mais arriscadas.

3. Investir em CDBs

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancários) são títulos emitidos por bancos que pagam uma taxa de juros aos investidores. Nesse sentido, são uma aplicação de renda fixa. Eles podem ser:

  • pós-fixados, ou seja, seu rendimento segue a variação de algum índice;
  • prefixados, que são aqueles em que os juros são conhecidos no momento da aplicação;
  • híbridos, com uma parte prefixada e outra pós-fixada, normalmente ao IPCA. Esse é um tipo de CDB mais raro.

A aplicação mínima varia de acordo com o banco e com o CDB, mas existem opções para começar a investir com apenas R$100. Outro fator importante é o rendimento. Os CDBs pós-fixados pagam ao investidor um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é a taxa de juros que os bancos praticam entre si em empréstimos de um dia e que seguem de perto a Selic, a taxa básica de juros do país.

Normalmente, os CDBs com prazo de vencimento maior, que exigem que o dinheiro permaneça aplicado por mais tempo, oferecem um rendimento maior do que os de prazo mais curto ou que têm liquidez diária — isto é, em que o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento.

Outro fator que influencia a rentabilidade é o tamanho da instituição financeira. Os grandes bancos tendem a oferecer rendimentos menores do que os bancos menores. Isso porque o risco de crédito dos grandes bancos é menor, ou seja, a chance de a instituição quebrar e não pagar os investidores é pequeno.

No entanto, vale lembrar que os CBDs contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), um mecanismo que reembolsa os investidores em caso de quebra da instituição financeira. Por isso, eles são considerados tão seguros quanto a poupança.

4. Comprar Tesouro Direto

Aqui ainda estamos no campo da renda fixa. O Tesouro Direto consiste num programa em que o governo vende títulos públicos diretamente aos investidores pessoa física. Atualmente são ofertados três tipos de títulos:

  • Tesouro Selic: título pós-fixado, onde o rendimento acompanha a variação da Selic;
  • Tesouro Prefixado: como o nome indica, é um título prefixado;
  • Tesouro IPCA+: título híbrido, com uma taxa prefixada e outra parte que acompanha a variação do índice oficial de inflação do país.

O valor de um título público inteiro pode custar alguns milhares de reais, mas é possível comprar apenas frações dele. Por isso, dá para começar a investir com apenas R$30. Embora não tenha a proteção do FGC, os títulos públicos também são considerados de baixíssimo risco.

5. Aplicar em LCI e LCA

As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) têm funcionamento muito semelhante. Ambas são emitidas por instituições financeiras com o objetivo de captar recursos para financiar setores específicos. No caso da LCI, os recursos são direcionados para o setor imobiliário e, no caso da LCA, para o agronegócio.

Para o investidor, isso é apenas uma mera curiosidade, porque não muda nada a vida dele. Antigamente, não era possível encontrar LCIs e LCAs com investimento inicial mínimo baixo e quase todas exigiam um aporte inicial da ordem de R$30 mil. Agora já existem opções para começar a investir com R$100.

Elas também são aplicações de renda fixa e as mais comuns são as que acompanham o rendimento do CDI (pós-fixadas) e as que pagam ao investidor uma taxa fixa mais a variação do IPCA (híbridas). No entanto, é preciso estar atento ao fato de que elas não têm liquidez diária. Uma vez aplicado o dinheiro, ele só poderá ser resgatado no vencimento do título, junto com os juros do período.

Por fim, as LCIs e LCAs têm um atrativo especial: não há incidência de Imposto de Renda sobre essas aplicações. Por isso, dependendo da taxa oferecida, a rentabilidade tende a ser mais atrativa do que nas aplicações que sofrem incidência de IR. Para ter certeza, é preciso fazer os cálculos e comparar.

6. Entrar na bolsa de valores

Podemos dizer que esse é o “mito dentro do mito”. Se as pessoas já acham que é preciso ter muito dinheiro para investir, esse pensamento é ainda mais dominante quando falamos de bolsa de valores. Acontece que simplesmente não é verdade.

É fato que o mercado de renda variável, como os títulos que são negociados na bolsa de valores, é mais arriscado do que a renda fixa, mas não é preciso ter muito dinheiro para começar a aplicar. Com menos de R$50 já é possível comprar uma ação.

Outro ponto importante é que não são apenas ações que são negociadas na bolsa. Você também pode comprar cotas de fundos imobiliários e investir em ETFs (Exchange Traded Funds), que são fundos cujas cotas são negociadas na bolsa e que acompanham a variação de algum índice, como o Ibovespa.

Agora que você já viu que é possível investir com pouco dinheiro, basta escolher uma plataforma de negociação prática e segura para começar e tirar seus sonhos do papel.

Gostou do texto? Então aproveite para baixar o nosso infográfico e entender por que investir na bolsa agora é um bom negócio!




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