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IAGRO B3: novo índice de ações do agronegócio na bolsa

Por Fernando Caliman Pissó
29 junho 2022 - 12:25 | Atualizado em 07 agosto 2023 - 18:48
IAGRO B3
Imagem: Freepik

Em 2022, o setor de agronegócios vem passando por um bom momento econômico, com aumento tanto no volume de exportações quanto no valor arrecadado com elas. Isso tem contribuído para manter a balança comercial brasileira positiva e recuperar a economia.

Com base neste cenário a Bolsa de Valores decidiu criar um índice para o setor, englobando empresas de fertilizantes, maquinário, sistema de irrigação e outras. Entenda melhor do que se trata esse índice e quais são os planos para o futuro.

O que é o IAGRO?

No mês de maio, a B3 lançou o primeiro índice de ações dedicado exclusivamente para empresas que fazem parte do agronegócio. Com isso, a operadora estreou o Índice Agro Free Float Setorial, ou IAGRO B3, sendo formado por 32 papéis do setor, incluindo empresas de renome como a JBS.

O índice envolve quatro subsetores do agro: primário, agrosserviços, insumos e agroindústria. Fazem parte do setor primário empreendimentos ligados a agricultura e pecuária, enquanto no de agrosserviços, estão o de logística, transporte e armazenamento, além do comércio de veículos agrícolas.

Os insumos são compostos por empresas de equipamentos agropecuários, fertilizantes, máquinas e defensivos. Por fim, a agroindústria é composta por empreendimentos que produzem bebidas, artigos de couro, acessórios de base natural e têxtil.

Além da JBS, outras grandes empresas fazem parte da carteira. Entre elas, estão as varejistas Carrefour Brasil e GPA, a Dexco, que fabrica produtos para construção civil, e a Arezzo, do setor de vestuário.

O objetivo é aproveitar o bom momento vivido pelo setor agro, sobretudo fruto do crescimento do preço de commodities. Para o futuro, a B3 tem a expectativa que o índice ajude a viabilizar o surgimento de ETFs (Exchange Traded Funds). Esses são fundos que são negociados na bolsa e que acompanham um índice de referência pré-estabelecido.

Momento de crescimento

O setor de agronegócios passa por um bom momento econômico. Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em maio mostraram que, entre janeiro e abril deste ano, as exportações do setor cresceram em 34,9% em relação a 2021. Já as importações permaneceram estáveis, com uma variação de 0,7%.

O resultado disso é que a venda de produtos superaram os gastos com compras em US$ 43,7 bilhões nesses primeiros meses. Isso contribuiu para que o saldo da balança comercial, que inclui os produtos de todos os setores da economia, tivesse um superávit de US$ 20,2 bilhões.

Ainda segundo o Ipea, desde dezembro do último ano, o país tem exportado mais do que em anos anteriores. Para exemplificar, somente neste mês de abril, o agronegócio exportou US$ 14,9 bilhões, um valor que é 81,6% maior que abril de 2019, 52,3% superior ao de 2020 e 14,9% maior do que abril do último ano.

Esse valor foi alcançado pela forte elevação nos preços das commodities, que são produtos de origem da agropecuária ou de extração mineral. Neste, eles são exportados em estado bruto e usados como matéria-prima para a produção de outros produtos pela indústria, como é o caso do minério de ferro e da soja.

Nestes primeiros cinco meses, o levantamento do Ipea indicou que a soja liderou as exportações do setor, presente tanto em grãos, óleo e farelo. Outro item que continuou crescendo foi a carne bovina, que registrou um preço médio 27,9% maior do que em abril do ano passado, enquanto a quantidade exportada aumentou em 22,1%.

Por fim, a carne de frango também continua expandindo e conquistando novos mercados. O volume de exportação cresceu 5,6% no último ano, enquanto o seu preço médio elevou 27,2%.




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