Quem se mantém atento ao noticiário certamente já ouviu notícias sobre diferentes taxas e indicadores da economia nacional, entre elas, a Taxa Selic. No entanto, quando se diz respeito a investimentos, uma questão que merece atenção é o fato de que essa taxa tem impacto nos preços.
Um investidor, independentemente do mercado em que atua, precisa acompanhar a variação dessas taxas. Estar por dentro de sua importância no mercado é entender os diferentes momentos da economia e ter a percepção de quando é o momento exato para assumir posições em investimentos.
Neste post, você entenderá um pouco mais sobre a Taxa Selic e seu impacto na economia. Saiba como esse indicador influencia os investimentos que você faz!
Abreviação para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, a Selic é considerada a taxa básica de juros no país, ou seja, ela influencia o valor de todas as outras. O seu valor é a régua medidora que impactará operações, como investimentos, empréstimos e outros produtos de juros pós-fixados.
A Selic é uma taxa que serve como referência para direcionar o valor de outras. Assim, se ela varia, automaticamente os outros indicadores estão sob o mesmo movimento. A sua origem vem de um sistema do Banco Central que tem a proposta de controlar emissão, compra e venda de títulos.
O valor dessa taxa é resultado da média ponderada dos juros praticados pelas instituições financeiras. No entanto, esse número só é definido após uma série de reuniões que o Governo realiza anualmente – para ser mais preciso, oito no total.
A Selic também é uma forma de manter outras taxas controladas, como a inflação, que impacta no preço dos produtos e no poder de compra do consumidor. Quando a Selic cai, a inflação acompanha esse movimento, o que é positivo para a economia no Brasil. O poder de compra aumenta, há mais dinheiro circulando, e o comércio se mantém aquecido.
Quando a Selic está alta, há menor disposição do mercado em comprar, já que há uma influência direta nos preços. Isso faz com que o mercado recue, com o consumidor gastando muito menos. Se a Selic sobe, a inflação também segue pelo mesmo caminho, o que prejudica os valores de produtos no mercado e também aumenta as taxas de parcelamento, por exemplo.
A Selic é um verdadeiro regulador da economia, ou seja, se ela está alta, o cenário é de baixa movimentação, uma vez que os preços tendem a aumentar significativamente. Justamente por conta dessa influência, acontecem as reuniões do Copom, colegiado que estuda e define as metas para a taxa.
Em alguns momentos, os cortes são feitos para que haja uma retomada do consumo no país. É comum que isso seja planejado, em paralelo com as altas. No entanto, em períodos de alta da Selic, ao mesmo tempo que o Governo recolhe mais, o consumidor tem menor poder de compra.
Quando a Selic é reduzida, é uma decisão que parte da análise de que a alta já é algo prejudicial à economia, uma vez que o consumidor não tem incentivos, devido aos preços. É por isso que o Copom se reúne constantemente, justamente para entender o desenvolvimento da meta e as possibilidades de aumentar ou reduzir a Selic.
Como você viu, a Selic interfere em diversas outras taxas de juros, ou seja, também há impacto direto no rendimento que os investimentos são capazes de proporcionar. Por isso, quem está acostumado a fazer suas aplicações, seja em renda fixa, seja em variável, precisa estar atento às variações desse indicador.
Uma das boas opções de investimentos de renda fixa, do Tesouro Direto, o Tesouro Selic tem o seu rendimento atrelado à taxa Selic. Assim, é simples de entender: quanto maior mais estiver a taxa, maiores são os rendimentos de quem compra esses títulos. Se você investe em renda fixa, vale a pena ficar atento na possibilidade.
O Certificado de Débito Bancário e as Letras de Crédito têm a rentabilidade atrelada ao CDI, outro importante indicador da economia brasileira. O que isso tem a ver com a Selic? Simples: o CDI também tem a sua taxa variando de acordo com a Selic, sendo sempre muito próximos.
É importante perceber que a renda fixa é favorecida pela taxa Selic, ou seja, quanto maior apontar o indicador, maior serão os rendimentos nos investimentos dessa categoria (Tesouro Direto, Letras e títulos públicos). Enquanto isso, a renda variável aproveita o cenário de maneira oposta. Ou seja, se a Selic está em queda, há possibilidades muito mais atrativas para aplicar em ativos de empresas.
A taxa Selic baixa representa a confiança maior na economia, o que gera a sensação de estabilidade e de um cenário favorável para investir. Isso gera interesse e impacto positivo no mercado de renda variável, o que faz com que mais investidores entrem em posições. Como resultado, as ações das empresas variam mais, o que pode representar mais riscos, mas também mais chances de lucrar.
O primeiro passo era entender a Selic e de que forma ela impacta investimentos. Depois disso, fica muito mais fácil saber que, se tratando de renda fixa, eles acompanham o valor desse indicador. Atualmente, ele se encontra em 13,25% ao ano, mas, como mostramos, esse número pode mudar a qualquer momento.
O ideal é buscar os investimentos de renda fixa que o acompanhem, sempre observando o noticiário e as perspectivas para a taxa, ou seja, se deve aumentar ou diminuir. Em caso de alta, os melhores investimentos ficam entre:
Durante muito tempo, a poupança foi o principal investimento em que muitos brasileiros depositavam seu capital. No entanto, se você estuda há algum tempo o mercado, sabe que, na renda fixa, há opções de rendimento que ficam acima dessa possibilidade, superando até mesmo a Selic. Elas são a melhor realidade!
A taxa Selic é um importante indicador para a economia nacional e também tem impacto direto nos investimentos. O ideal é que você esteja sempre atento às mudanças e, também, à expectativa sobre possíveis altas ou cortes.
Ainda sente dúvidas quando se depara com alguns termos do mercado financeiro? Confira um glossário com as principais expressões!