Você já sabe o que fazer com o dinheiro do 13° salário? Veja por que investir!
O fim do ano é sempre uma época movimentada e, para quem trabalha com carteira assinada, também é o momento de receber um dinheiro extra: o 13º salário. O desafio é não se entregar ao consumo desenfreado e saber usar esses recursos com sabedoria.
Se você é um dos 63,4 milhões de brasileiros que estão inadimplentes, conforme apontam dados da Serasa Experian, o melhor a fazer é utilizar o valor para colocar as contas em dia, limpar o nome e sair do vermelho. Afinal de contas, ter dívidas significa pagar juros e, consequentemente, ter ainda menos dinheiro. Ninguém quer isso para si, não é mesmo?
Agora, se suas contas estão em dia, você pode perfeitamente aproveitar o momento para investir e fazer seu dinheiro render. Veja agora por que aplicar o décimo-terceiro salário e algumas opções para isso. Acompanhe!
Por que investir o 13º salário?
Tirar dinheiro do dia a dia para investir nem sempre é fácil. Mesmo que você seja disciplinado e separe, por exemplo, 10% da sua renda para aplicar, em um ano terá investido o equivalente a 1,2 salário. Vamos imaginar que sua renda seja de R$10 mil por mês e que você aplique mensalmente R$1 mil. Ao fim de um ano, você terá, sem os rendimentos, R$12 mil.
Agora, se somar a isso o seu 13º salário, chegará ao fim do ano com R$22 mil em investimentos. É um belo salto, não? Assim fica muito mais fácil e rápido juntar dinheiro para conquistar alguns objetivos que exigem uma soma maior de recursos, como comprar um automóvel ou fazer uma viagem internacional.
Além disso, se você ainda não tem uma reserva de emergência, é uma ótima hora para começar. Essa reserva é um fundo que todos devemos ter para que possamos passar pelos inevitáveis imprevistos da vida sem grandes danos à nossa vida financeira. Assim, serve, por exemplo, para pagar um tratamento de saúde caro, se for preciso, consertar um carro ou passar por um período de desemprego.
Não existe um consenso em relação à qual deve ser o tamanho dessa reserva, mas a maioria dos especialistas fala em algo de três a seis vezes o ganho mensal da pessoa. Alguém com renda de R$10 mil deveria ter entre R$30 mil e R$60 mil na reserva de emergência.
Quanto maiores os compromissos financeiros, maior deve ser a reserva. Assim, uma pessoa com filhos em idade escolar e que tem um imóvel financiado para pagar deve ter uma reserva maior do que um jovem solteiro que mora com os pais.
Como investir o 13º salário?
O mercado financeiro oferece um leque diversificado de opções para quem quer investir, com os mais diversos tipos de aplicação, das mais conservadoras às mais arrojadas. A escolha depende do seu perfil de investidor, do seu momento de vida e também de como está a sua carteira total de investimentos. Confira algumas alternativas.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é o programa pelo qual os investidores podem comprar títulos públicos do governo federal. Ao comprar o título, você está emprestando dinheiro para o governo, que, em troca, lhe paga uma taxa de juros, que é o seu rendimento. No momento, existem três tipos de títulos:
- Tesouro Selic: é uma aplicação pós-fixada, cujo rendimento acompanha a trajetória da Selic, a taxa básica de juros do país. É ideal para quem quer uma aplicação de baixo risco e alta liquidez, como é o caso dos recursos destinados à reserva de emergência;
- Tesouro Prefixado: é um título prefixado, ou seja, o investidor sabe exatamente quanto vai receber no vencimento do título. É ideal para momentos em que a expectativa é de queda na taxa Selic;
- Tesouro IPCA+: esse título de título paga ao investidor a variação do IPCA, que é o índice oficial de inflação do país, mais uma taxa prefixada. É recomendado para quem quer proteger o dinheiro dos efeitos da inflação.
CDB
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são aplicações de renda fixa emitidos por bancos. Eles também podem ser pós ou prefixados. No caso dos pós-fixados, costumam pagar aos investidores um percentual do CDI, que é a taxa de juros que os bancos cobram nos empréstimos entre si e é bem próxima da Selic.
Alguns CDBs têm liquidez diária e, por isso, são ideais para a reserva de emergência, enquanto outros só permitem o resgate do valor investido no vencimento da aplicação. É importante checar essa informação antes de investir.
Outro ponto importante é que os bancos pequenos e médios costumam pagar um rendimento maior do que os bancos grandes. Isso está relacionado ao chamado risco de crédito: como a chance de um banco grande quebrar e não pagar seus investidores é muito pequena, o rendimento que ele oferece também é menor.
No entanto, é importante destacar que os CDBs contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que garante ao investidor a devolução de até R$250 mil por CPF por instituição financeira em caso de quebra da instituição. Assim, o risco de investir em um banco menor não é tão grande, já que o investidor está protegido.
Fundos de investimento
Diferentemente das outras modalidades que citamos aqui, existe todo um universo quando falamos de fundos de investimentos, desde o mais conservador ao mais arrojado, que aplica em vários mercados, aqui e lá fora.
Para quem busca uma opção para a reserva de emergência, os fundos DI podem ser uma boa alternativa. São fundos de renda fixa cuja carteira é composta basicamente por títulos públicos ou outros da mesma faixa de risco, ou seja, bem baixo.
Um ponto de atenção em relação aos fundos é que eles cobram uma taxa de administração. Fundos com taxas altas (acima de 1%) podem não compensar porque elas corroem a maior parte dos seus rendimentos. Assim, verifique essa informação antes de fazer a aplicação.
Agora você já tem boas opções para investir o seu 13º salário. Lembre-se: a saúde financeira é, assim como as demais áreas da nossa vida, uma escolha entre curto e longo prazo. Quem escolher economizar e investir no curto prazo vai alcançar as metas traçadas lá na frente. Para isso, é preciso manter o foco e trabalhar sempre a disciplina, ainda que sem deixar de curtir as coisas boas da vida.
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