Seguro contra queda de ações: o que é e como fazer?
Quem investe na bolsa sabe que escolheu uma aplicação de risco em troca da possibilidade de obter rendimentos maiores do que aqueles oferecidos pela renda fixa. O fato de o risco ser inerente à operação, no entanto, não significa que não haja maneiras de gerenciá-lo e limitá-lo.
Uma dessas formas é ter um seguro contra queda de ações. Sim, isso é possível, por meio da compra de opções de venda. Elas vão garantir um preço mínimo para as suas ações e limitar as possibilidades de perdas, exatamente como um seguro faz.
Quer saber melhor como funciona esse tipo de operação? Basta acompanhar este artigo até o fim!
O que são opções?
Opções são instrumentos derivativos, ou seja, que derivam de um ativo. Assim, elas sempre serão opções do ativo do qual derivam. No caso que estamos tratando, são opções de ações.
O mercado de opções oferece muitas possibilidades, incluindo algumas de altíssimo risco, mas neste post vamos tratar apenas de uma delas: o uso das opções como hedge, ou seja, como forma de se proteger contra perdas no mercado acionário.
Existem alguns conceitos importantes sobre o mercado de opções para o que queremos explicar. Confira.
Como funciona o mercado de opções?
Existem dois tipos de opção: a de compra, também conhecida como call, e a de venda, conhecida como put. A opção de compra dá ao seu detentor o direito de comprar o ativo-objeto a um determinado preço, que está especificado na opção.
Você descobre qual é esse valor pelo código da opção. Por exemplo, se você comprar uma opção PETRC32, sabe que é uma opção que vai dar a seu titular o direito de comprar ações da Petrobras a R$32. Assim, os dois últimos números do código identificam qual é o preço pelo qual o detentor da opção terá direito de comprar aquele ativo.
Já a opção de venda confere a seu titular o direito de vender aquele ativo pelo preço estipulado. Assim, uma opção PETRO32 dá a seu detentor o direito de vender suas ações da Petrobras por R$32.
Agora, como saber se estamos falando de uma opção de compra ou de venda? Simples: você reparou que a opção tem um código. As quatro primeiras letras se referem ao ativo-objeto da opção, ou seja, são as mesmas do código com que a ação é negociada na bolsa de valores.
Já a quinta letra vai dar duas informações: se estamos falando de uma call ou de uma put e o mês em que ela vence. As letras de A a L são para opções de compra, sendo que A vence em janeiro, B, em fevereiro e assim por diante. Já as letras de M a X são para as opções de venda, com a mesma lógica: M vence em janeiro e assim segue.
Aqui, apenas um adendo: você notou que falamos em mês de referência. As opções vencem toda terceira segunda-feira do mês. Se a opção que vence naquele mês não for exercida até lá, ela “vira pó”, o que significa que ela simplesmente deixa de existir. Assim, por exemplo, na terceira segunda-feira de janeiro, as opções com a letra A e com a letra M viram pó.
Por fim, vale destacar que você, como investidor, pode comprar ou lançar (vender) opções, tanto de compra quanto de venda. Quem compra uma opção está obtendo um direito, enquanto quem lança está se obrigando a algo.
Para deixar a situação mais clara, vamos imaginar que você tenha 1.000 ações da Petrobras, que foram compradas por R$40 cada uma. Pelas suas estimativas, você acredita que o preço desses papéis tende a cair.
Assim, você pode lançar opções de venda das suas ações, dando ao comprador o direito de adquiri-las por R$40. Você vende cada uma por R$2, lucrando R$2.000 com essa operação. Quem comprou suas opções pagou esses R$2.000 e tem, até o vencimento da opção, o direito de comprar suas ações a R$40 cada uma.
Agora, vamos imaginar que, transcorridas duas semanas, os papéis da empresa subiram e estão valendo R$43. O titular pode exercer sua opção de compra, adquirir as ações a R$40 e vendê-las no mercado a R$43. Assim, teria um lucro de R$1.000 na operação, já que ele pagou R$2.000 pelas opções e mais R$40.000 pelas ações, mas as vendeu por R$43.000.
Você, por outro lado, deixou de ganhar os R$1.000 que poderia ter lucrado caso não tivesse lançado a opção e vendido o papel à vista. Mas, se a cotação da ação tivesse caído, o titular não teria exercido a opção e você teria reduzido ou zerado suas perdas.
Como as opções podem ser um seguro contra queda de ações?
Agora que você já entendeu o funcionamento desse mercado, vamos ver como as opções podem ser usadas para proteger contra a queda de ações.
Vamos continuar com o nosso exemplo, imaginando que você tenha 1.000 ações da Petrobras, compradas a R$40 cada uma. Para se proteger de uma eventual queda no preço do papel, você pode comprar opções de venda que lhe deem direito de vender o papel a R$40. Supondo que tenha pago R$2 por opção, o custo dessa operação foi de R$2.000.
Assim, se até o vencimento das opções os papéis da Petrobras estiverem valendo menos do que R$40, você pode exercer o seu direito de vendê-los por esse preço. Se a ação estiver valendo mais do que R$40 no vencimento, você simplesmente deixa a opção virar pó e perde esses R$2.000.
Portanto, funciona exatamente como um seguro. Você paga um valor para ter uma proteção. Se não usar, perde o valor pago.
Aqui, vale ressaltar inclusive que é possível ganhar dinheiro nessa operação. Mantendo o nosso exemplo, imagine que a cotação do papel tenha caído a R$36 antes do vencimento da opção.
Você pode exercer seu direito de vender suas ações a R$40, embolsando R$42.000, e recomprar o papel no mercado à vista por R$36.000. Se você gastou R$2.000 com as opções, ainda assim teve um lucro final de R$2.000.
Desse modo, comprar opções de venda como uma forma de fazer um seguro contra queda de ações pode ser muito vantajoso. Além de limitar suas perdas ao valor pago pelas opções, existe a possibilidade de lucrar com a operação.
E você, o que pensa desse assunto? Já usou a compra de put como seguro contra a queda de ações? Conte sua experiência para gente nos comentários!
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