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Investidor Iniciante

Como montar uma carteira de investimentos de acordo com o seu perfil?

Por Rodrigo Santos
19 agosto 2021 - 10:30 | Atualizado em 12 abril 2023 - 14:31
montar carteira de investimentos

Investir é a melhor forma de aumentar o seu patrimônio e concretizar projetos promissores no futuro. No entanto, montar uma carteira de investimentos bem-sucedida não é uma tarefa fácil, é preciso muito estudo e experiência no mercado financeiro.

Pensando nisso, preparamos este post com algumas dicas valiosas para ajudar você a compor um portfólio que esteja de acordo com o seu perfil de investimentos e que consiga ter uma boa performance ao longo do tempo. Para saber mais, leia o conteúdo até o final!

Defina metas para montar sua carteira de investimentos

A primeira coisa que se deve ter em mente, antes de escolher os produtos financeiros de sua carteira, é saber, de forma clara, quais são as suas metas para o uso do capital:

  • Gostaria de empreender em uma nova empresa?
  • O objetivo é compor uma reserva para quando for se aposentar?

Assim, todas as suas ações passarão a ser voltadas para os objetivos definidos. Em outras palavras, tudo o que não estiver dentro desse planejamento deve ser colocado em segundo lugar. Imagine, por exemplo, que surgiu a oportunidade de você trocar o seu carro por um modelo do ano. A pergunta a ser feita é: isso está dentro dos meus planos? Ficarei descapitalizado com esse gasto agora?

Com essa reflexão, além de evitar que seu orçamento fique comprometido, ficará mais fácil escolher ativos com prazos e rentabilidades que se encaixem em seus sonhos e em seus objetivos.

Como nossos sonhos e objetivos também costumam mudar ao longo do tempo, você vai perceber que uma carteira de investimentos não é necessariamente fixa e pode ir variando em relação ao número de ativos, as classes de ativos, a exposição em cada classe e uma série de outros fatores.

Determine prazos

Com as metas traçadas, chegou a hora de estabelecer prazos para realizá-las. Nessa fase, você deve pensar em quando deseja concretizar seus projetos: daqui a 6 meses? Em 5 anos? Em 10 anos?

Vale lembrar que, mesmo que você espere um retorno em prazos mais curtos, é importante que encare o seu portfólio sempre pensando em longo prazo — afinal, são essas as aplicações com melhor rentabilidade.

Curto prazo

O curto prazo corresponde a investimentos com prazos que variam entre seis meses e dois anos. Algumas opções dessa categoria podem ser de renda fixa (CDB, LCI, LCA, Títulos Públicos) ou operações em Day Trade, para investidores mais arrojados.

Médio prazo

Para um período de tempo maior, de dois a cinco anos, a redução de riscos é mais fácil de ser alcançada. Aplicações de renda variável, como fundos de investimento e ações da Bolsa de Valores, podem ser opções interessantes.

Longo prazo

O longo prazo, geralmente, é superior a cinco anos e é o que todo investidor deve buscar para conquistar certa estabilidade financeira. Desse jeito, quando for diversificar a sua carteira de investimentos, busque aplicar fatias maiores em ativos com prazos mais longos.

Além dos diferentes períodos de tempo que você pode escolher passar com um ativo, é muito importante que entenda por que está investindo naquela determinada ação, fundo de investimentos etc.

Dessa forma, uma boa prática é anotar ou ter bem claro para si o porquê daquele investimento, pois, a partir disso, você vai conseguir ficar tranquilo, ainda que algo aconteça, como uma grande queda no mercado de ações.

Conheça o seu perfil de investidor

Para tomar decisões mais estratégicas na hora de montar o seu portfólio de aplicações, será preciso que você tenha consciência do seu perfil de investidor, ou seja, sua aptidão para suportar o risco.

Resumidamente, há três perfis. Confira abaixo.

Conservador

É aquele que tem maior aversão ao risco e, por isso, busca o máximo de segurança e previsibilidade. Grande parte de seu capital tende a ser poupado, o que pode ser um problema no desenvolvimento de seus negócios.

Assim, é comum que o investidor conservador tenha apenas títulos de renda fixa ou uma parte alocada também em reserva de valor, como o ouro, que é o principal ativo utilizado como reserva atualmente.

Moderado

Os que se encaixam no perfil moderado estão dispostos a arriscar um pouco mais do que os conservadores, desde que seus objetivos de médio e longo prazo sejam atingidos. Buscam pouca volatilidade e agem com cautela ao diversificar seus investimentos. Costumam ter uma pequena parte de seu capital aplicado em renda variável e a maioria em ativos relacionados à renda fixa.

Arrojado

O investidor com perfil arrojado não se intimida na hora de correr riscos. A sua prioridade é o aumento do lucro e o ganho de rentabilidade, por isso, é mais propenso a inovações e ao empreendedorismo.

Esses investidores costumam ter uma grande porcentagem de seu patrimônio aplicada na renda variável, por vezes, em criptoativos e até mesmo utilizando derivativos, que são bastante voláteis.

Algo que pode acontecer é que você comece sendo conservador. Contudo, depois que for se adequando à volatilidade do mercado, entender que pode partir para um perfil de investidor moderado ou até mesmo arrojado.

O contrário também é verdadeiro, por isso, principalmente para iniciantes, o recomendado para montar uma carteira de investimentos é que você comece aos poucos na renda variável, pois, como o próprio nome diz, ela vai mudar bastante ao longo do tempo. O ideal é que você vá se acostumando com sua volatilidade com pouco dinheiro. Assim, caso haja uma grande queda, você não ficará preocupado.

Monitore a sua carteira de investimentos

Construir uma carteira de investimentos de sucesso requer revisão periódica de seus rendimentos e estratégias aplicadas. Por exemplo, se a sua alocação de ativos é peculiar e há um perfil mais arrojado, é preciso verificar, constantemente, a Ibovespa ou o IBrX.

No entanto, é necessário saber ajustar a frequência desse monitoramento. A diversificação de ativos tem como grande vantagem os bons resultados em longo prazo. Portanto, não fará diferença acompanhar diariamente os preços e as oscilações. Uma revisão mensal é mais do que suficiente.

Além disso, você pode estabelecer uma determinada porcentagem da sua carteira de investimentos como meta para diferentes ativos e variar essas porcentagens de acordo com o cenário macroeconômico. Dessa forma, sua carteira vai se adaptando em relação à situação do mercado.

Com isso, você pode aproveitar mais as assimetrias em determinados ativos e ter uma carteira diversificada, que, por ter ativos descorrelacionados, vai performar melhor que o mercado.

Conheça bem o mercado em que se está investindo

A fim de montar uma carteira de investimentos estratégica, é fundamental conhecer bem o mercado em que se está investindo. Assim, os conhecimentos sobre juros, riscos e retorno que cada tipo de negociação pode oferecer tendem a aumentar.

Órgãos importantes, como o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), são responsáveis por normatizar o mercado. São eles que ditam as diretrizes de funcionamento nas quais as instituições financeiras devem se basear.

Importante destacar também que, quando falamos de mercado financeiro, não estamos nos referindo apenas a ações na bolsa ou títulos de renda fixa. Saiba como ele se divide:

  • mercado de câmbio: negocia moedas estrangeiras com uma relação justa entre as moedas dos países;
  • mercado aberto: é uma plataforma que trata das empresas com capital aberto, ou seja, que negocia suas ações através da bolsa de valores — órgão que regula a oferta e a demanda dos papéis das companhias;
  • mercado de crédito: cuida dos empréstimos bancários. É o tipo de mercado que possibilita a solicitação de um financiamento ou o uso de cheque especial.

Depois de entender sobre o mercado financeiro, é muito importante conhecer as características de cada setor de investimento, por exemplo:

  • organizações petroquímicas: sofrem bastantes variações em relação ao preço do petróleo e dólar;
  • companhias aéreas: também sofrem as variações das empresas petroquímicas, porém inversamente, uma vez que os preços do dólar e dos combustíveis, quando mais atrativos, barateiam os custos para as companhias e, dessa maneira, o custo de transporte;
  • empresas elétricas: os valores de suas ações variam de acordo com os reajustes sofridos no setor e as leis do governo. Algumas empresas chegam a dividir 100% do lucro com seus investidores;
  • investimentos fora do país: uma das opções também é se expor ao mercado americano e a outros mercados globais, o que vai fazer com que a carteira do investidor fique mais diversificada e ele tenha mais opções de ativos;
  • criptoativos: os criptoativos estão na moda nos últimos anos, contudo, é necessário muito estudo para entender o fundamento por trás daquela “moeda digital”. Também é importante compreender que a volatilidade desses ativos é bastante alta.

Defina as classes de ativos para montar sua carteira de investimentos

Entender sobre os ativos é um ponto-chave para realizar um bom investimento. Eles formam um grupo de bens e recursos com características semelhantes.

Alguns dos principais ativos são:

  • renda fixa: realizam pagamentos em períodos determinados e podem ser emitidos por instituições financeiras (LCI, LCA, CDB’s e Debêntures, por exemplo) ou também pelo governo (títulos públicos);
  • renda variável (ações): são títulos de propriedades que conferem aos investidores participação na sociedade de uma empresa;
  • imóveis: nesse caso, você investe em fundos imobiliários negociados pelo mercado secundário. Têm como principal característica a baixa liquidez;
  • moedas estrangeiras: é um mercado muito variável, porém de alta liquidez. Investir em moedas estrangeiras pode ser uma arma contra a inflação brasileira.

Escolha a proporção ideal para cada classe de ativos, pois cada um exige determinada quantia de dinheiro para investir. Veja alguns exemplos:

  • até 10 mil reais: ideal para investimentos em renda fixa;
  • em torno de 100 mil reais: essa quantia abre o leque para os investimentos. Ideal para aplicar em empresas sólidas ou em expansão.

Independentemente do valor, é preciso ter uma boa educação financeira e muita pesquisa sobre juros, opções de investimentos, variáveis macroeconômicas etc.. Também é interessante procurar apoio de especialistas da área.

Selecione os melhores produtos para a sua carteira

Selecionar o produto de acordo com seu perfil é a escolha mais assertiva a ser tomada para montar uma boa carteira de investimentos. Algumas questões devem ser observadas para alcançar o objetivo mais atraente para você.

Procure entender sobre o índice de liquidez (conversão do ativo em dinheiro), a rentabilidade dos negócios, as possibilidades do mercado e os riscos envolvidos nessas negociações.

Antes de optar pelo melhor tipo de investimento para você, procure analisar seus objetivos pessoais e sua estratégia de aplicação. Também verifique as opções disponíveis no mercado. Além disso, é muito importante que você saiba o risco que corre ao concentrar e também ao diversificar em diferentes ativos.

Existem diversas estratégias para montar uma carteira de investimentos, algumas sendo compostas apenas por ETFs, outras por uma pequena quantidade de ações e uma maior exposição à renda variável. Ainda, algumas com ouro, criptoativos e investimentos que não são muito comuns.

Portanto, existem várias formas de conseguir montar uma carteira, e nenhuma dessas estratégias é mais correta que a outra. Por isso, você deve entender qual faz mais sentido para você e estudar sempre sobre o assunto.

Acompanhe e faça adaptações ao longo do caminho

É importante saber como a sua carteira de investimentos está reagindo perante o mercado, pois, caso suas aplicações estejam perdendo para os índices, pode ser um bom momento de mudar a alocação.

No mercado, podem ser vistos vários índices que auxiliam na medição de investimentos, com a finalidade de verificar se seus resultados são satisfatórios. Exemplos: CDI para renda fixa, Ibovespa para ações, IFIX para fundos imobiliários, entre outros.

Quando você acompanha os seus investimentos e os compara com esses índices de mercado, consegue entender melhor como a sua carteira deveria perfomar e como ela realmente está.

Além disso, pode entender, ao longo do tempo, se naquele momento é melhor aumentar sua posição em renda fixa, em renda variável ou até mesmo se faz sentido incluir outra classe de ativos.

É muito comum que os investidores, ao montar uma carteira de investimento, comecem com poucos ativos. Contudo, quando vão entendendo melhor o mercado, estudando mais empresas e conhecendo outras classes de ativos, fazem adições à sua carteira de investimentos.

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