
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reuniu pela última vez em 2020 e decidiu manter a Selic em 2% ao ano.
Embora a taxa básica de juros esteja no menor nível desde o início da série histórica do BC, 1986, a decisão não surpreendeu o mercado.
O atual patamar está sendo mantido desde agosto, após sucessivas reduções impulsionadas pelos impactos da pandemia de covid-19. Desde então, o Copom se reuniu três vezes, incluindo a da quarta-feira passada.
A trajetória de baixa, no entanto, não começou agora. Há cerca de cinco anos, a taxa chegou a 14,25% ao ano em julho de 2015.
Posteriormente, quase três anos depois, a Selic chegou aos 6,5% ao ano em 2018. Além disso, a Selic voltou a ser reduzida em julho do ano passado, até alcançar 2% neste ano.
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Inflação e a Selic
A manutenção da Selic acontece em meio a um avanço da inflação, sobretudo por causa do preço dos alimentos.
Nesse sentido, vale destacar que a taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial.
Aqui, falamos da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 4% para 2020, bem como uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Assim sendo, o IPCA não poderá superar 5,5% neste ano nem permanecer abaixo de 2,5%.
Por outro lado, a meta para o próximo ano foi fixada em 3,75%, mas também está previsto um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
“As expectativas de inflação de longo prazo permanecem ancoradas”, comentou o Banco Central.
De acordo com o comunicado do Copom, o nível de ociosidade atual da economia pode promover trajetória de inflação abaixo do esperado.
“O risco se intensifica caso uma reversão mais lenta dos efeitos da pandemia prolongue o ambiente de elevada incerteza e de aumento da poupança precaucional”.
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Crédito mais barato
Naturalmente, a manutenção da taxa Selic em um patamar baixo serve como estímulo para a economia, uma vez que os juros menores barateiam o crédito.
Desse modo, tanto a produção quanto o consumo passam a ser mais incentivados em meio a um cenário de baixa atividade econômica.
O último Relatório de Inflação do BC, divulgado em setembro, projetava queda de 5% para a economia em 2020.
Em contrapartida, o mercado parece um pouco mais otimista e projeta queda um pouco menor, conforme mostra o boletim Focus.
A última edição do boletim Focus, por exemplo, mostrou que os analistas econômicos estimam declínio de 4,4% do PIB brasileiro para este ano.
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Forward guidance
O atual nível de estímulo monetário que vem sendo produzido pela manutenção da Selic e pelo forward guidance é considerado adequado para o BC.
No entanto, a autoridade monetária sinalizou que as condições para a manutenção do forward guidance podem não ser mais satisfeitas em breve.
Caso esse cenário se confirme, “a condução da política monetária seguirá o receituário do regime de metas para a inflação”, disse o BC.
O movimento se baseará na “análise da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos”, completou. Clique aqui para acessar o comunicado do Banco Central (BC).
Por fim, acompanhe o portal Fast Trade e redes sociais para ficar por dentro dos movimentos da Selic e mais.
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