
Os contratos futuros de petróleo encerraram em alta nesta quinta-feira (30), ignorando o mau humor externo e se concentrando em dois fronts: estoques e demanda.
O petróleo WTI/junho saltou 25,09%, fechando na cotação de US$18,84 o barril; enquanto o petróleo Brent para o mesmo mês subiu 12,11%, terminando no valor de US$25,27 o barril.
Como resultado, no mês de abril, os contratos de WTI anotaram perdas de 21% e os contratos do Brent recuaram cerca de 2%.
Na sessão de hoje, o movimento positivo foi atribuído aos cortes na produção das empresas norte-americanas e dos países que integram o grupo Opep+.
A partir de amanhã, entrará em vigor a redução de 10 milhões de barris por dia na produção global, em um esforço conjunto para amparar os preços da commodity.
Diante de quarentenas e outras medidas de isolamento social, estima-se que a demanda por óleo bruto tenha diminuído em um terço no mundo inteiro.
Em contrapartida, a produção aumentou e os estoques americanos estão muito próximos de alcançar níveis recordes, segundo o Departamento de Energia dos EUA (DoE).
Por isso, os investidores ficaram preocupados com a capacidade de armazenamento dos centros de distribuição e decidiram liquidar os contratos de WTI na semana passada, levando o barril a ser negociado abaixo de US$0 pela primeira vez na história.
Contudo, o aumento menor do que o esperado nos estoques semanais renovou o otimismo do mercado, fornecendo impulso aos preços e sugerindo que a demanda pode passar por uma leve recuperação.
Petróleo ignora o exterior e avança com estoques e demanda
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