
O desenvolvimento de projetos de geração de energia eólica em offshore está sendo analisado pela Petrobras, segundo o presidente da estatal, José Mauro Coelho. Na abertura do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, o executivo ressaltou que esta é uma das alternativas que a empresa avalia para a sua transição energética de longo prazo.
Nesse sentido, o CEO explicou que é muito importante direcionar esforços para a construção de uma economia com menos emissões de carbono. Coelho também argumentou que o país conta com um ambiente muito propício à exploração da modalidade eólica em alto-mar, o que poderia elevar a competitividade.
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“(…) o Brasil tem grande potencial, isso traz sinergias importantes com a experiência, competência e liderança da Petrobras no ambiente marinho, especialmente em águas profundas e ultraprofundas” – disse o presidente da petroleira, enfatizando que os estudos são focados no longo prazo.
Além disso, ele confirmou que a Petrobras assinou uma carte de intenções junto à norueguesa Equinor para a cooperação em um projeto de geração eólica offshore chamado Aracatu, localizado na Bacia de Campos, que contará com 4 gigawatts (GW) de capacidade.
Governo apoia os projetos de energia eólica em alto-mar
Em janeiro deste ano, o governo federal editou um decreto autorizando o desenvolvimento de projetos voltados à geração de energia eólica em alto-mar. Isto porque a alternativa já é bastante utilizada na Europa, todavia, só se tornou uma oportunidade de investimentos no Brasil recentemente.
Marcando presença no evento, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que a costa brasileira apresenta um potencial de geração de energia eólica offshore superior a 700 GW, o que representa a capacidade de geração equivalente a 50 Itaipus.
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Ao mesmo tempo, outras empresas nacionais e internacionais manifestaram interesse em realizar investimentos neste tipo de empreendimento. Por exemplo, a Neoenergia está com projetos na área, buscando parcerias para ingressar neste segmento, já que possui know-how e infraestrutura adequados.
Além disso, a Shell já solicitou uma licença ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) para explorar a geração de energia eólica offshore em seis Estados brasileiros. De acordo com o ministro, este amplo interesse se deve ao potencial da alternativa em termos de baixo custo e rentabilidade.
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