
A empresa de telecomunicações Oi (OIBR3/OIBR4) reportou um prejuízo líquido de R$ 6,28 bilhões no primeiro trimestre de 2020, apesar da receita de Fibra. Com o resultado, a Oi reverte o lucro líquido de R$ 568,4 milhões, atribuído aos sócios controladores da companhia no mesmo trimestre do ano anterior.
Em comunicado, a empresa que está em regime de recuperação judicial, relacionou o resultado negativo com os fortes impactos da variação cambial sobre suas operações. De acordo com a Oi, o câmbio elevou a despesa financeira de R$ 201,7 milhões (1T19) para R$ 6,47 bilhões (1T20), um resultado 32x maior.
A despesa operacional da companhia quase triplicou na mesma base de comparação, passando de R$ 331,6 milhões em 2019 para R$ 895,2 milhões em 2020.
A receita líquida da Oi atingiu R$ 4,74 bilhões, -7,4% ante a receita de R$ 5,13 bilhões do 1T19 e -3,4% ante o 4T19. Seu Ebitda consolidado alcançou R$ 1,533 bilhão, declínio de 5,8% na comparação com o 1º trimestre 2019, mas um salto de 8,4% na comparação sequencial.
Entre janeiro e março, o custo de vendas dos serviços da Oi totalizou R$ 3,66 bilhões, -5,3% sobre os R$ 3,83 bilhões do 1T19.
Cresce a receita de fibra da Oi
Por fim, a Oi, concessionária de serviços de telecomunicações do Brasil, reportou um saldo na receita de fibra, que alcançou R$ 205 milhões. Desse total, R$ 194 milhões são provenientes de clientes residenciais e R$ 11 milhões de pequenas empresas (B2B), conforme o press release da companhia.
Em uma comparação anual, o crescimento chegou a 700,8%, sendo 711,8% dentre os clientes residenciais. Ademais, as receitas de Fibra também apresentaram um aumento considerável na comparação trimestral, chegando a R$ 73 milhões (+55%).
De acordo com a Oi, “as receitas de fibra têm ajudado a compensar parcialmente as quedas com as receitas de cobre”. Enquanto no início do ano passado as receitas de Fibra representavam 1,3% do total de receitas do segmento residencial, agora já equivale a 11,7%.
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