
Hoje o mercado interno se volta para a leitura do parecer da reforma na CCJ.
O presidente continua em sua busca de novos apoiadores da PEC e se reunirá com líderes PR e do Solidariedade.
No exterior, o Brexit segue indefinido.
Cercado de incertezas, índices europeus sobem ante indícios negativos, como a aplicação de tarifas sobre produtos europeus, proposto por Washington.
Confira a seguir as principais notícias em destaque para esta terça-feira (9).
Bolsas asiáticas fecham majoritariamente em alta; bolsa australiana fica praticamente estável
Após uma sessão sem direção única, as bolsas asiáticas reagiram nesta terça-feira (9).
Seus principais índices acionários fecharam majoritariamente em alta, em meio a novos estímulos para a economia chinesa.
Uma das medidas divulgadas por Pequim é o afrouxamento de restrições direcionadas ao setor imobiliário em várias cidades chinesas menores.
Também faz parte do plano ampliar gastos em infraestrutura.
Isso, contudo, não anulou a apreensão quanto a temporada de balanços nos EUA que se aproxima.
De acordo com analistas, os resultados devem revelar a primeira piora nos resultados gerais desde 2016.
O travamento do Brexit também afeta os principais índices globais.
Na última semana, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, solicitou um novo adiamento do rompimento com a UE.
Apesar dos conflitos e incertezas, as bolsas europeias registram ganhos consideráveis.
A bolsa australiana, por sua vez, ficou praticamente estável, segundo informações da Dow Jones Newswires.
Saiba quais são os principais compromissos econômicos globais para esta terça-feira
O relatório de oferta de empregos (Jolts) é muito aguardado nos Estados Unidos.
Esse documento, promovido pelo Bureau of Labor Statistics, analisa todo mês o emprego nas áreas comerciais, industriais e de escritórios.
Internamente, há grande expectativa quando a leitura do parecer sobre a reforma da Previdência na CCJ.
Além disso, o FGV inaugura a agenda de hoje com a publicação do Indicador Antecedente de Emprego, relacionado ao mês de março.
Além disso, será conhecido também o IPC-S das Capitais, referente ao mês de abril.
É dada a largada
Há algum tempo que não comento sobre polêmicas de Trump. Dessa vez, não. Ele ameaçou impor novas tarifas contra a Europa. E se há uma possível tensão com o velho continente, o temor com a negociação chinesa também aumenta.
O outro pesadelo que assombra investidores é o risco de desaceleração global, então olhos atentos ao relatório sobre as perspectivas globais em dia de encontro de primavera do Banco Mundial e FMI.
Por aqui, é dia de leitura do parecer, mas assim como a votação na próxima semana na CCJ, o resultado já está no preço. Mesmo porque hoje não deveremos ter alterações no texto. O que mais afeta daqui para frente, é o efeito da desidratação, o quanto será reduzido da economia de um trilhão de reais. Cada disse-me-disse é motivo para instabilidades no curto prazo, ainda que a chance de aprovação da reforma seja o que segura os ativos brasileiros.
Glenda Ferreira – Especialista em Investimentos na Levante Ideias de Investimentos
Previdência impactará confiança do investidor; agora depende de outro poder, diz Bolsonaro
“A proposta mais importante do governo vem da economia, do ministro Paulo Guedes, que é a Previdência”, afirmou Jair Bolsonaro, ontem, em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Essa relevância não é novidade para o mercado que observa de perto os movimentos realizados pelo governo.
À rádio, Bolsonaro ressaltou que a tramitação do projeto depende agora de outro poder: o Legislativo.
Nesse ínterim, o Executivo tem promovido “algumas gestões” por deter uma “bancada grande lá”, completou à Jovem Pan.
O presidente da República se referia aos parlamentares de seu partido, o PSL, a segunda maior sigla hoje na Câmara.
Ainda na Pan, Bolsonaro ressaltou mais uma vez a importância da aprovação da reforma da Previdência.
“Aumentará a confiança do investidor”, declarou, afirmando que seria um sinal positivo para o mercado financeiro.
Relator da Previdência apresenta parecer sobre reforma hoje, na CCJ; oposição votará contra
Para hoje, grande expectativa quanto a leitura do parecer do relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Confiante, o deputado Marcelo Freitas afirmou na última quinta-feira (4) que a proposta será aprovada no colegiado.
“Nós vamos passar na CCJ com certeza”. A votação do texto está prevista para quinta-feira (17) da semana que vem.
De acordo com o deputado, é muito provável que o texto passe sem qualquer alteração na proposta encaminhada pelo governo.
Apesar do otimismo proclamado pelo relator da reforma previdenciária, a oposição promete votar contra o texto na casa.
Parlamentares da oposição e base aliada (PT, PSB, PCdoB e PSol) acreditam que o texto contraria a Constituição.
Em defesa dos trabalhadores mais humildes, os deputados querem que mudanças na aposentadoria rural e no BPC (Benefício de Prestação Continuada) sejam retiradas da PEC.
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Posteriormente, a comissão emitirá um pronunciamento sobre sua admissibilidade, em um prazo de cinco sessões no plenário.
Guedes: dinheiro do pré-sal será invertido e 70% será destinado a Estados e municípios
Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou o repasse de 70% dos recursos do pré-sal para Estados e municípios.
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também esteve presente no evento organizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico.
Após a declaração de Guedes, Maia disse que vai averiguar a necessidade de uma emenda constitucional para realizar esse repasse.
O ministro da Economia defendeu que não haja condicionantes para o repasse dos recursos.
Apesar disso, os parlamentares podem exigir um direcionamento específico, como para saúde ou educação.
“Não vou regular o que governador faz com dinheiro, ele é que foi eleito.”
Defendida pelo Banco Central, lei do cadastro positivo para consumidores é sancionada
Sem vetos, o presidente da República sancionou o projeto que prevê a inclusão obrigatória de todos os consumidores (pessoas físicas e empresas) no cadastro positivo.
A lista é composta por bons pagadores e reúne informações discriminadas sobre pagamentos em dia, bem como empréstimos quitados.
Atualmente, a integração do nome nessa lista só pode ser realizada mediante a autorização expressa e assinada pelo cliente.
Com a lei sancionada por Jair Bolsonaro, a inclusão passará a ser automática.
Se por alguma razão o consumidor não quiser mais fazer parte da lista, precisará solicitar a exclusão de seu nome.
De acordo com o Estado, a medida – defendida pelo BC – contribuirá com o barateamento do crédito para os bons pagantes.
Ao mesmo tempo, a lei pode funcionar como uma brecha importante para aqueles que buscam limpar seu nome.
Desse modo, será possível construir um novo histórico, dessa vez como um bom pagador.
Vale e represálias: fundos estrangeiros vendem ações da mineradora após desastre em MG
O jornal Valor Econômico noticiou que a Union Investment vendeu todas suas ações e bônus do grupo minerador Vale.
Conhecida como a terceira maior administradora de ativos da Alemanha, a companhia adotou a medida depois que uma barragem de rejeitos rompeu em Minas Gerais, em janeiro deste ano.
A tragédia em Brumadinho/MG deixou 224 pessoas mortas (até o momento) e 69 desaparecidas.
Esses dados foram coletados do último balanço cedido pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
Efeito colateral: após reduzir produção dos jatos 737 MAX, Boeing vê seus ativos caírem 4%
A Boeing precisava de uma medida cautelar após o acidente fatal envolvendo a aeronave da Ethiopian Airlines, em março.
Após paralisar as atividades por um período, o plano da companhia envolve a redução na produção dos jatos 737 MAX.
Apenas em 2019, a produção deve sofrer um abalo de 19%, o que também vem afetando negativamente a empresa.
Isso, contudo, não é tudo: a medida tem refletido em toda a indústria aeroespacial.
Os efeitos negativos seguem afetando desde fornecedores de peças a fabricantes de motores e até companhias aéreas.
Como resultado, as ações da companhia despencaram ontem em Nova York e terminaram o dia com queda de 4,44% (US$374,52).
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