
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, adiou sua ida à Câmara, prevista para a próxima quarta-feira (26).
Convocado por quatro comissões da Casa, Moro falará das supostas mensagens trocadas com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato.
Na primeira terça-feira (4) do mês, o ministro da Justiça foi hackeado. Posteriormente, teve diversas conversas vazadas que implicariam, na sessão conjunta.
Moro deve falar especificamente das mensagens trocadas com o procurador da República Deltan Dallagnol, revelados pelo site The Intercept Brasil.
Embora negue que o conteúdo divulgado indique anormalidade enquanto magistrado, as conversas sugerem atuação conjunta quando o ministro era juiz.
Com o adiamento, a audiência deve ser remarcarda para 2 ou 3 de julho, de acordo com a vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Bia Kicis (PSL-DF).
Na última quarta-feira (19), o ministro foi ouvido por quase 9 horas no Senado, onde explicou sobre o mesmo caso.
Sem apego ao cargo, Moro admitiu que pode deixar o governo caso seja constatada ilegalidade.
A polêmica, contudo, ainda não acabou.
Em parceria com o site The Intercept Brasil, o jornal Folha de São Paulo, publicou ontem (23) novas mensagens atribuídas a Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol.
De acordo com as mensagens publicadas pelos veículos, membros da força-tarefa do Ministério Público Federal podem ter articulado para defender Sérgio Moro, a fim de evitar tensões com o Supremo Tribunal Federal (STF), em 2016.
Ainda conforme mostra a reportagem, o tema central das mensagens eram documentos da empreiteira Odebrecht que haviam sido anexados, sem sigilo, pela Polícia Federal a um processo da Lava Jato em 22 de março de 2016.
O material continha uma ‘superplanilha’ com nomes de políticos associados a pagamentos da empreiteira.
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