
O Banco do Brasil (BBAS3) anotou um lucro líquido ajustado de R$ 3,695 bilhões no quarto trimestre de 2020. De acordo com a instituição monetária, o resultado representa um salto de 6,1% frente ao trimestre imediatamente anterior.
Nesse sentido, a alta foi impulsionada, principalmente, pela redução de 6,3% da PCLD ampliada. Também influenciou o resultado a alta de 1,5% das receitas de prestação de serviços (RPS), assim como da margem financeira bruta (MFB).
A MFB totalizou R$ 14,2 bilhões entre outubro, novembro e dezembro de 2020, salto de 1,1% em comparação ao 3T20. Em contrapartida, lucro líquido ajustado ficou 20,1% abaixo do último trimestre de 2019. Ademais, o RSPL do 4T20 foi de 12,1%.
Ao mesmo tempo, o lucro ajustado do BB recuou 22,2% no comparativo anual, passando de R$ 17,848 bilhões para R$ 13,884 bilhões.
Além disso, a receita de prestação de serviços do banco estatal findou o 4T20 em R$ 7,389 bilhões. O montante representa um pequeno declínio de 1,6% ante os R$ 7,508 bilhões computados no mesmo período de 2019.
Por outro lado, quando comparado ao 3T20, o indicador cresceu 1,5%, sobretudo por causa do crescimento das operações de cobrança (+6,7%).
Ademais, o indicador refletiu a alta das arrecadações (+5,0%), bem como do processamento de convênios (+5,2%) e mercado de capitais (+5,5%). Vale destacar que o 4T20 contou com dois dias úteis a menos que o 3T20.
Em 2020, a receita totalizou R$ 28,702 bilhões, queda de 1,7% A/A puxada pela redução das linhas de conta corrente e operações de crédito.
Na contramão, os setores de administração de fundos (+7,2%), seguros, previdência e capitalização (+4,8%) e consórcios (+14,5%) registraram uma performance positiva.
Carteira de crédito do Banco do Brasil
Outro dado relevante que vai repercutir nesta sexta-feira (12) é a Carteira de Crédito Ampliada do Banco do Brasil.
De acordo com o relatório da instituição monetária, o indicador contraiu 1,5% na passagem de setembro de 2020 para dezembro de 2020.
Nesse sentido, a carteira Pessoa Física aumentou 3,0%, principalmente por causa do crédito consignado (+4,0%) e do cartão de crédito (+15,9%).
Já na carteira Pessoa Jurídica, o banco ressaltou a performance das Micro, Pequenas e Médias Empresas (+11,1%).
No agronegócio, o crédito rural se sobressaiu com seu crescimento de 2,7% no período.
Já as despesas líquidas de provisões de crédito (PDD) totalizaram R$ 5,157 bilhões entre outubro, novembro e dezembro do ano passado, queda de 6,4% na comparação trimestral e alta de 46,3% em 12 meses.
Outro ponto muito aguardado pelo mercado, sobretudo em decorrência da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, está relacionado ao índice de inadimplência do BB.
O índice de inadimplência do Banco do Brasil (BBAS3) de mais de 90 dias contraiu 2,43% na passagem do 3T20 para o 4T20.
É importante destacar que o último trimestre de 2020 marca o primeiro ‘completo’ sob a gestão de André Brandão.
Brandão substituiu o economista Rubem Novaes na presidência da instituição ao final de setembro, a fim de destravar uma agenda de desinvestimentos, entre outros objetivos.
2021
Para o ano corrente, o Banco do Brasil estima um lucro líquido entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões, em termos ajustados.
Se confirmado, o montante representaria um crescimento de aproximadamente 15,2% frente ao resultado de R$ 13,884 bilhões apurado em 2020.
Por fim, leia mais sobre o resultado do Banco do Brasil e as perspectivas para 2021. Acompanhe ainda a performance das ações da instituição (BBAS3) na Bolsa de Valores.
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