Depois da publicação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o J.P. Morgan e o Bank of America (BofA) revisaram as expectativas para a Selic. Ambos acreditam em um aumento final de 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano, encerrando o ciclo. Contudo, divergem nas perspectivas para a Selic no final de 2023.
J.P. Morgan
Os analistas do J.P. Morgan evidenciaram a abordagem mais cautelosa na ata do Copom para afirmar que a Selic não deve começar a ser reduzida no primeiro trimestre de 2023.
Além disso, avaliaram que a inflação deve sofrer resistência para convergir à meta em virtude de impulso fiscal forte no curto prazo. O banco acredita em um aumento de 0,5 ponto em agosto, para 13,75% e a taxa de 11% no final de 2023 (revisada de 9,75%).
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Os economistas da instituição afirmam, ademais, que a economia deve entrar em recessão no segundo semestre deste ano. Dessa maneira, a inflação pode começar a desacelerar.
“Se estivermos corretos nessa perspectiva, o BC [Banco Central] deve encerrar o ciclo após a alta final de agosto, ressaltando que o aperto já implementado garante pelo menos uma pausa no ciclo”, disseram Cassiana Fernandez, Vinicius Moreira e Mirella Sampaio, economistas do J.P. Morgan.
Bank of America
Embora acredite também em alta de 0,5 ponto em agosto com os juros alcançando o patamar de 13,75% ao ano ao final do ciclo, o BofA tem expectativa de uma Selic aos 10,5% (cenário inalterado). Ademais, o banco acredita que os aumentos promovidos pelo BC foram muito intensos, mas que estão no caminho certo.
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David Beker, chefe de economia e estratégia para a instituição no Brasil, apontou que nos próximos trimestres a economia deve entrar em recessão. Sendo assim, a inflação tende a convergir para a meta. Por fim, ele disse aos clientes do banco que a incerteza fiscal pode gerar riscos de alta sobre as expectativas de inflação.
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