
O Ibovespa encerrou em alta nesta quinta-feira (02), impulsionado pela recuperação das ações da Petrobras e a possibilidade de acordo para a redução na oferta de petróleo.
Os investidores deixaram de lado a crise sanitária e foram às compras após o presidente Donald Trump informar que está discutindo os preços do petróleo com Rússia e Arábia Saudita.
Segundo o líder americano, os dois países concordaram em reduzir os níveis de produção até 15 milhões de barris por dia para conter a oferta no mercado.
Ratificando as falas de Trump, o príncipe herdeiro saudita, Mohammad bin Salman, convocou uma reunião emergencial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados para deliberar sobre a crise da commodity.
Contudo, o presidente russo, Vladimir Putin, negou que tenha participado da conversa com o governo saudita e que tenha assumido qualquer compromisso.
Mesmo assim, os preços do petróleo avançaram, atingindo recordes históricos de valorização, o que também refletiu no aumento do apetite pelos demais ativos de risco.
Contexto brasileiro
Por aqui, o dia foi de ganhos na B3, sobretudo, das ações ligadas às commodities, seguindo a forte demanda dos mercados internacionais.
As atenções se concentraram nas medidas discutidas no governo e no Congresso para combater a disseminação da Covid-19 e amparar os trabalhadores que estão em quarentena.
Porém, as ações dos bancos desaceleraram com a divulgação do projeto de lei em tramitação no Senado, que prevê o aumento de 20% para 50% na alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) pago pelo setor.
Com isso, as instituições financeiras, que respondem por 20% da carteira teórica do Ibovespa, limitaram o avanço do índice geral.
Nesta sessão, as companhias Petrobras (PETR3), Localiza (RENT3), Klabin (KLBN11), Carrefour Brasil (CRFB3) e Suzano (SUZB3) lideraram a ponta positiva do ranking.
Como resultado, a Bolsa brasileira saltou 1,81% na faixa de 72.253 pontos, com um volume financeiro de R$23,194 bilhões.
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