
O pregão de hoje começou em clima de cautela, seguindo o mau humor dos mercados no exterior. O Ibovespa operava em queda, refletindo diferentes variáveis em âmbito interno e externo.
O agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China levou a uma queda geral nas principais Bolsas do mundo, resultando no aumento da aversão ao risco.
A situação piorou após o governo americano anunciar que além da Huawei, outras cinco companhias chinesas sofrerão restrições em suas operações no território americano.
Adicionalmente, o Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou que não há uma data programada para os dois países retomares as negociações, o que elevou as preocupações dos investidores.
Por aqui, o mercado está atento aos desdobramentos das reformas Administrativa, Tributária e da Previdência, que estão tramitando na Câmara dos Deputados.
Ontem, a reforma administrativa foi aprovada pelo plenário da Câmara, mas com algumas alterações, a reforma Tributária foi admitida pela CCJ e a reforma da Previdência ganhou novos prazos para emendas.
As três medidas são muito importantes para o governo conseguir concretizar o ajuste fiscal e a atuação do legislativo no processo será decisivo em sua concretização.
Nesse contexto, às 12h05 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,30%, aos 94.080 pontos, já desacelerando as perdas iniciais. O giro financeiro até o momento era de R$3,794 bilhões.
Dólar muda de direção e recua a R$4,03
Depois de avançar no início das negociações, a divisa americana mudou de direção refletindo a melhora no cenário político, sobretudo no tange ao avanço das reformas no Congresso.
Ás 12h05 (horário de Brasília), o dólar comercial depreciava 0,10% contra o real brasileiro, sendo cotado a R$4,03, na mínima do dia.
Destoando do mercado de câmbio no exterior, no qual a moeda dos EUA subia contra as principais divisas emergentes, por aqui, as expectativas internas se sobrepunham às tensões internacionais.
Os contratos de juros futuros acompanhavam a dinâmica cambial apresentando redução nas taxas, com os investidores de renda fixa retirando o prêmio de risco da curva a termo.
O DI março/2020 perdia 0,54%, sendo negociado a 6,41% (6,44% no ajuste anterior) e o DI dezembro/2023 caía 0,48%, sendo comercializado a 8,32% (8,35% no ajuste anterior).
Noticiário Corporativo
Usiminas (USIM3) – Diante da iminente possibilidade de rompimento da barragem de Gongo Soco, em Barão de Cocais, a Vale interrompeu o transporte de cargas pela estrada de ferro Vitória-Minas.
A decisão gerou um forte impacto nas operações da Usiminas em Ipatinga, que precisará utilizar caminhões para manter o suprimento de minério de ferro e de pelotas.
Além disso, a siderúrgica terá que concentrar o transporte no modal rodoviário para conseguir escoar sua produção de aço e cumprir os prazos com os clientes.
Vale (VALE3) – Segundo publicação do jornal Valor Econômico, a Vale articulou um projeto de parceria com o grupo China Communications Construction Company (CCCC) para investir no Brasil.
A intenção da mineradora é estabelecer um polo metal-mecânico na cidade de Marabá, no Pará, iniciando pela construção de uma usina de aço, cujo investimento estimado alcançou R$1,5 bilhão.
A usina terá capacidade de produzir 300 mil toneladas por ano e seria o resultado da parceria entre o grupo CCCC, a Vale e o governo estadual.
Comportamento das ações na B3
As ações de maior liquidez da B3 operavam em queda, com a Petrobras e as siderúrgicas exponenciando perdas. A seguir, as mínimas do momento:
- Pão de Açúcar (PCAR4) -3,25%
- Petrobras (PETR3) -2,61%
- Usiminas (USIM3) -1,95%
COMPANHIAS ESTATAIS | |||
Petrobras (PETR3) | -2,61% | Vale (VALE3) | -0,55% |
Petrobras (PETR4) | -2,02% | Embraer (EMBR3) | -1,11% |
Eletrobras (ELET3) | +0,64% | Banco do Brasil (BBAS3) | +0,51% |
Eletrobras (ELET6) | +0,23% | Cemig (CMIG4) | -0,94% |
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SETOR BANCÁRIO | SETOR SIDERÚRGICO | ||
Itaú Unibanco (ITUB3) | -1,10% | Usiminas (USIM3) | -1,95% |
Santander (SANB11) | -2,03% | CSN (CSNA3) | -0,82% |
Bradesco (BBDC3) | -0,66% | Gerdau (GGBR4) | -1,05% |