
Em meio à intensa volatilidade, o Ibovespa oscilou em queda durante toda a sessão desta terça-feira. Sob forte pressão do exterior, o índice geral chegou a cair mais de 2% nas primeiras horas de negociação, sobretudo após a abertura negativa dos mercados em Wall Street.
O grande catalisador do desempenho negativo foi a confirmação de que os Estados Unidos aumentarão de 10% para 25% as tarifas sobre US$200 bilhões em produtos importados da China, mesmo com a visita prevista do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, a Washington, na próxima quinta-feira.
No cenário doméstico, a política novamente atuou como protagonista das expectativas do mercado. Os investidores ficaram atentos à primeira sessão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisará o texto da reforma da Previdência.
Segundo o deputado Marcelo Ramos (PR), presidente da Comissão, para que a reforma seja votada até junho, antes do recesso parlamentar, o governo precisa construir uma base mínima que garanta 330 votos favoráveis à proposta.
E isso já está acontecendo, conforme informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a notícia, o presidente Bolsonaro está cogitando desmembrar o Ministério do Desenvolvimento Regional em duas pastas: Cidades e Integração. A pasta Cidades seria concedida ao partido PP, que detém a 3ª maior bancada de deputados.
Com isso, a Bolsa brasileira desacelerou as perdas e fechou com redução de 0,65%, aos 94.388 pontos, registrando um volume financeiro de R$11,948 bilhões.
De olho na Previdência, dólar limita os ganhos e fecha a R$3,97
Em dia volátil no câmbio, o dólar comercial testou novamente o patamar de R$4,00 e encontrou resistência no curto prazo. Ao longo da sessão, a moeda americana desacelerou até chegar em nível de pressão moderada, mas ainda seguindo viés de alta, acompanhando o exterior.
No final do pregão, o dólar fechou em alta de 0,33% contra o real brasileiro, sendo cotado a R$3,97, próximo à mínima registrada em R$3,96. O clima de maior aversão ao risco levou à depreciação das moedas emergentes na paridade com a divisa americana, ficando o real em uma posição mediana no ranking geral.
Os contratos de juros futuros encerraram com leve aumento nas taxas ao longo de toda a curva a termo, com os investidores de renda fixa adotando a postura de cautela, antes da decisão de política monetária do Copom, que será divulgada amanhã.
O DI com vencimento para fevereiro/2020 saltou para 6,52% (6,46% no ajuste anterior), o DI para março/2024 subiu para 8,54% (8,50% no ajuste anterior) e o DI para dezembro/2027 permaneceu estável, na cotação de 9,09%.
Variações nas Commodities
Petróleo – Os contratos futuros de petróleo encerraram com forte queda nos preços, pressionados pela gama de incertezas que rondam as negociações comerciais entre Estados Unidos e China e pelo corte nas projeções de crescimento econômico na zona do euro.
O petróleo WTI para entrega em junho recuou 1,36%, com cotação a US$61,40 o barril, vendido em Nova Iorque e o petróleo Brent para entrega em julho desabou 1,90%, com cotação a US$69,88 o barril, comercializado em Londres.
Resultados corporativos no mercado brasileiro
Marcopolo (POMO3) – A Marcopolo divulgou a apuração de um lucro líquido de aproximadamente R$27 milhões no primeiro trimestre, um valor 12,7% menor na comparação de base anual. A receita líquida avançou 17,5%, para 898,6 milhões e a margem Ebitda recuou 1%, passando para R$60,6 milhões.
Unidas (LCAM3) – A empresa Unidas Locamérica registrou um lucro líquido recorrente com aumento de 53,3%, saltando para R$81,8 milhões relativo ao primeiro trimestre de 2019. A receita líquida cresceu 34,3%, ficando em R$1,027 bilhão e a margem Ebitda subiu 13,3%, somando R$290,1 milhões.
Movimentações na B3
As blue chips (ações de maior liquidez) da Bovespa encerraram a sessão de hoje majoritariamente em queda, acompanhando as nuances do mercado internacional. Com destaque para as mínimas do dia:
- Ecorodovias (ECOR3) -3,51%
- BB Seguridade (BBSE3) -3,09%
- Magazine Luiza (MGLU3) -4,16%
- B2W Digital (BTOW3) -4,41%
- Smiles (SMLS3) -5,23%
COMPANHIAS ESTATAIS | |||||
Ativo | 06/05 | 07/05 | Ativo | 06/05 | 07/05 |
Petrobras (PETR3) | +0,03% | -0,37% | Vale (VALE3) | -1,29% | +0,50% |
Petrobras (PETR4) | -0,22% | -1,38% | Embraer (EMBR3) | -1,08% | -0,16% |
Eletrobras (ELET3) | +0,84% | -0,86% | Banco do Brasil (BBAS3) | -1,52% | +0,67% |
Eletrobras (ELET6) | +0,12% | -1,28% | Cemig (CMIG4) | -0,14% | -0,14% |
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SETOR BANCÁRIO | SETOR SIDERÚRGICO | ||||
Ativo | 06/05 | 07/05 | Ativo | 06/05 | 07/05 |
Itaú Unibanco (ITUB3) | -2,08% | -0,59% | Usiminas (USIM3) | +0,28% | -2,26% |
Santander (SANB11) | -1,72% | -0,05% | CSN (CSNA3) | -0,56% | -0,35% |
Bradesco (BBDC3) | -3,28% | -1,11% | Gerdau (GGBR4) | -0,77% | +1,35% |