
O pregão de hoje foi de intensa volatilidade! O Ibovespa, que oscilou em queda a maior parte do dia, conseguiu desacelerar o movimento descendente durante a tarde. O clima ficou mais ameno após a divulgação da notícia de que os Estados Unidos ofereceram um novo prazo para a construção do acordo.
Segundo a publicação, Washington teria concedido de três a quatro semanas para Pequim concluir as negociações e os dois países chegarem a um acordo satisfatório. Caso não seja cumprido, cerca de US$325 bilhões em produtos chineses importados serão sobretaxados.
Ao sair do escritório do Representante de Comércio dos EUA, onde ocorreu as reuniões com a delegação chinesa, o Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, afirmou que as negociações estão sendo muito construtivas e isso trouxe certo alívio aos mercados.
Como resultado, a Bolsa brasileira encerrou com declínio de 0,58%, aos 94.257 pontos, registrando um volume financeiro de R$10,512 bilhões. Na semana, o índice geral acumulou baixa de 1,8%.
Dólar oscila e fecha a R$3,94 mas registra sua quinta alta semanal
Depois de oscilar entre queda e valorização, o dólar comercial fechou em leve baixa de 0,18% contra o real brasileiro, sendo cotado a R$3,94, próximo aos patamares mínimos do dia. Ainda assim, a divisa americana teve alta semanal de 0,13%, fazendo a sua quinta semana de ganhos consecutiva.
Os contratos de juros futuros encerraram com desvalorização nas taxas, demonstraram um comportamento muito próprio deste tipo de ativos. Durante a semana inteira, o mercado de renda fixa se desviou do câmbio, respondendo com maior intensidade ao cenário interno e às políticas monetárias.
Por isso, não se viu grandes alterações nos movimentos da curva de juros mesmo diante de toda a volatilidade vinda do exterior com a guerra comercial sino-americana. E também, pelo otimismo sobre um possível corte na taxa de juros em um futuro próximo, os investidores não adicionaram prêmio de risco.
O DI com vencimento para junho/2020 caiu para 6,53% (6,56% no ajuste anterior), o DI para dezembro/2023 declinou para 8,32% (8,37% no ajuste anterior) e o DI para dezembro/2025 recuou para 8,69% (8,76% no ajuste anterior).
Variações nas Commodities
Petróleo – Os contratos futuros de petróleo encerraram mistos, com os investidores avaliando a evolução das negociações comerciais entre EUA e China e os possíveis impactos que poderão resultar das sanções à produção Iraniana da commodity.
O petróleo WTI para entrega em junho fechou com variação negativa de 0,04%, sendo cotado a US$61,66 o barril, vendido em Nova Iorque e o petróleo Brent para entrega em julho subiu 0,33%, sendo cotado a US$70,62 o barril, comercializado em Londres.
Noticiário corporativo
BRF (BRFS3) – A controladora das marcas Sadia e Perdigão, BRF, divulgou os resultados corporativos do primeiro trimestre com um prejuízo líquido de R$1 bilhão. Este resultado é muito pior do que o saldo apurado no mesmo período de 2018, de R$62 milhões.
A receita líquida ficou em R$7,36 bilhões, o que equivale a um avanço de 4,7% na comparação anual e o Ebitda ajustado foi de R$748 milhões, cerca de 9,3% a mais que o registrado no ano passado.
Suzano (SUZB3) – A Suzano, gigante da produção de papel e celulose, fechou os resultados do primeiro trimestre com um prejuízo líquido de R$1,229 bilhão, um valor completamente fora das projeções dos analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam um lucro de aproximadamente R$1,281 bilhão.
A margem Ebitda registrou uma queda de 18%, ficando em R$2,761 bilhões e a receita líquida somou R$5,699 bilhões, indicando uma redução de 15% na comparação de base anual.
Movimentações na B3
As blue chips da Bovespa encerraram sem direção comum, com determinadas ações refletindo os balanços corporativos e outras sendo impactadas pelas turbulências do exterior. Com destaque para as companhias que mais desvalorizaram:
- CVC (CVCB3) -8,46%
- Suzano (SUZB3) -8,56%
- B2W Digital (BTOW3) -6,64%
- Lojas Americanas (LAME4) -3,49%
- Sabesp (SBSP3) -5,23%
COMPANHIAS ESTATAIS | |||||
Ativo | 09/05 | 10/05 | Ativo | 09/05 | 10/05 |
Petrobras (PETR3) | -2,85% | -0,75% | Vale (VALE3) | -1,02% | +1,83% |
Petrobras (PETR4) | -1,90% | -0,82% | Embraer (EMBR3) | -0,36% | -0,42% |
Eletrobras (ELET3) | -1,06% | -2,64% | Banco do Brasil (BBAS3) | +0,61% | -1,59% |
Eletrobras (ELET6) | -1,31% | -2,95% | Cemig (CMIG4) | -0,64% | -0,72% |
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SETOR BANCÁRIO | SETOR SIDERÚRGICO | ||||
Ativo | 09/05 | 10/05 | Ativo | 09/05 | 10/05 |
Itaú Unibanco (ITUB3) | -0,80% | -1,05% | Usiminas (USIM3) | -0,28% | -0,57% |
Santander (SANB11) | -1,77% | -0,91% | CSN (CSNA3) | -0,28% | +0,84% |
Bradesco (BBDC3) | -2,03% | -0,69% | Gerdau (GGBR4) | -1,52% | -0,49% |