
O governo recebeu o aval para crédito extra de R$ 248,9 bilhões, mas pode enfrentar dificuldades para aprovar a operação.
Segundo o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, senador Marcelo Castro (MDB-PI), “o clima não está bom”.
Está prevista para hoje (5) a sessão na CMO. Ali, líderes do governo devem tentar negociar a votação do texto.
O tratado, contudo, só terá início após a análise de 23 vetos presidenciais que trancam a pauta.
Para avançar, é preciso que a medida seja aprovada por maioria absoluta, isto é, por 257 deputados e 41 senadores.
A votação do PLN 4/19 acontecerá em meio a uma sessão conjunta do Congresso, também marcada para esta quarta-feira.
É de pleno interesse do governo a aprovação do crédito suplementar até o próximo dia 15, para garantir o pagamento de subsídios e benefícios assistenciais, sem descumprir a regra de ouro.
Caso o crédito suplementar não seja autorizado, o presidente da República Jair Bolsonaro se verá diante de uma difícil decisão:
Cancelar as despesas, incluindo os gastos com o INSS, benefício social concedido a idosos e deficientes em situação de pobreza extrema, Bolsa Família e “subsídios e subvenções econômicas”, como o Plano Safra e, desse modo, agravar a crise econômica do país ou mantê-las e correr o risco de sofrer um processo de impeachment.
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