
De acordo com a oposição, o governo liberou R$ 2,6 bilhões em emendas nos seis primeiros dias úteis de julho.
A intensificação é percebida às vésperas da votação da reforma da Previdência e os parlamentares esperam que aumente nos próximos dias, a fim de garantir a aprovação da matéria.
Em junho, o gabinete do líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), revelou que foi empenhado R$ 1,5 bilhão.
De acordo com o Estadão, os deputados falam abertamente sobre o assunto no plenário da Câmara.
Segundo eles, o governo está correndo para chegar até a cifra de R$ 4 bilhões das emendas nos próximos dias e, por isso, o governo liberou R$ 2,6 bilhões nos últimos dias.
A liderança que fala sobre o assunto sob reserva, destacou o portal de notícias, insiste que o Palácio do Planalto tem esse acordo para honrar quanto às emendas impositivas.
Isso refere-se aos recursos que os parlamentares têm direito de destinar às suas bases.
Diante da acusação, Bolsonaro publicou na noite de ontem uma mensagem afirmando estar “apenas cumprindo o que a lei determina”.
“Por conta do orçamento impositivo, o governo é obrigado a liberar anualmente recursos previstos no orçamento da União aos parlamentares e a aplicação destas emendas é indicada pelos mesmos”, escreveu.
Embora a União seja de fato obrigada a liberar esses recursos, o Planalto pode controlar o momento de serem empenhadas.
Além disso, o levantamento mostra que houve “picos” de liberação em momentos importantes para o trâmite da reforma da Previdência.
Entre os dias 4 e 5 de julho, quando a Comissão Especial apreciou e aprovou o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), foi empenhado a cifra de R$ 1,6 bilhão dos R$ 2,6 bilhões liberados em julho.
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