
A Gol anunciou no domingo (14/out) uma reorganização societária cujo principal objetivo é a incorporação da Smiles. A Gol informou que não pretende renovar o contrato com a sua empresa de fidelidade (Smiles) que vence em 2032.
A Smiles será incorporada pela Gol com a emissão de ações preferenciais e uma parte com ações resgatáveis em dinheiro. Para isso será criado um Comitê Independente na Smiles para negociar com o novo controlador (Gol).
A totalidade das ações ordinárias da Gol serão alienadas para o acionista controlador da GOL, o Fundo de Investimento em Participações Volluto.
Por último, numa segunda etapa haverá um aumento de capital e migração da Gol para o Novo Mercado da B3.
E eu com isso?
A notícia é negativa para os acionistas da Smiles, com impacto negativo no preço das ações (SMLS3) no curto prazo e impacto neutro para as ações da Gol (GOLL4).
A Gol seguiu o mesmo caminho da Latam que rescindiu o acordo da companhia aérea com a sua empresa de fidelidade Multiplus. Porém, ressaltamos que o impacto para os acionistas da Smiles é diferente do que o do impacto dos acionistas da Multiplus.
Os atuais acionistas da Smiles receberão em troca: i) ações atuais da Gol (GOLL4) e; ii) novas ações resgatáveis em dinheiro em proporção ainda a ser definida. Será criada uma nova estrutura societária na Gol com unificação da base acionárias das duas empresas.
O preço de troca ainda não está definido e a reorganização societária deverá ser aprovada em Assembleia de Acionistas devidamente embasada por relatórios de avaliação independente.
No caso de a reorganização societária não ser aprovada pelos acionistas, a Gol poderá fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) da Smiles.
Independentemente dos termos de troca, para os acionistas da Smiles: “daqui pra frente tudo será diferente”. O setor de empresas de fidelidade de companhias aéreas teve vida curta na bolsa de valores.
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