
No total, as empresas de capital aberto pertencentes a Bolsa brasileira perderam, juntas, R$ 1,561 trilhão em valor de mercado.
De acordo com a empresa de informações financeiras Economatica, esse acúmulo corresponde aos três primeiros meses de 2020.
Assim também, o Ibovespa não teve bom desempenho e contabilizou seu pior desempenho trimestral da história, caindo mais de 36,86%.
O levantamento mostrou forte desvalorização das ações de empresas ligadas ao setor de turismo, como as aéreas Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e CVC (CVCB3). Leia mais sobre aqui.
Do mesmo modo, outras grandes empresas de capital aberto registraram um resultado negativo.
A Petrobras (PETR3/PETR4), por exemplo, perdeu R$ 223,6 bilhões, a pior perda de valor de mercado para o período.
Isso representa mais do que todo o valor de mercado da mineradora Vale (VALE3), avaliado em R$ 221,6 bilhões.
Vale lembrar que, em 2019, a petroleira foi o negócio mais lucrativo entre as empresas de capital aberto da Bolsa.
Nesse sentido, a pandemia do coronavírus não foi o único vilão responsável pela contração, mas também o impacto negativo da derrocada nos preços da commodity com a tensão entre Arábia Saudita e Rússia. Leia mais sobre o assunto.
As instituições bancárias, por sua vez, também acumularam forte perda entre janeiro e março, com destaque para o Bradesco (BBDC4), que perdeu R$ 123,1 bilhões e o Itaú (ITUB4), com perda de R$ 116,3 bilhões em valor de mercado.
Por fim, embora não tenha tido empresas de capital aberto lucrativas no 1T20, quem menos perdeu valor de mercado no período foi a Marfrig (MRFG3): – R$ 778 milhões, bem como empresas vinculadas ao setor da saúde, como a Raia Drogasil (RADL3), Fleury (FLRY3), Hypera (HYPE3) e Qualicorp (QUAL3). Todas contabilizaram redução de ao menos R$ 3 bilhões cada.