
As empresas de capital aberto não financeiras da B3 registraram aumento de 86,9% em seu lucro líquido do terceiro trimestre. O período – marcado pela recuperação dessas Companhias devido aos impactos da pandemia de covid-19 – foi comparado ao mesmo intervalo do ano passado.
Com isso, de acordo com os levantamentos da Economatica, essas empresas acumularam um lucro de R$ 20,856 bilhões. Esse estudo foi realizado junto a 283 empresas de capital aberto.
Assim como foram excluídos os bancos desse compilado, a consultoria não considerou seguradoras, a própria B3 (B3SA3), a Petrobras (PETR3; PETR4) e a Vale (VALE3).
Isso foi feito porque, se levadas em consideração, essas Companhias causariam uma grande distorção no saldo consolidado.
Para deixar o efeito ainda mais evidente, perceba que o levantamento sobe para 342 empresas quando consideradas as empresas financeiras. Assim sendo, é preciso elevar também o saldo, que passa a ser de R$ 42,728 bilhões, refletindo a alta de 12,53% na mesma base.
Por outro lado, quando acrescido os resultados da Petrobras e da mineradora Vale, o lucro das 344 companhias de capital aberto somou R$ 56,797 bilhões.
Conforme mostra os números da Economatica, o resultado é 5,96% maior no terceiro trimestre de 2020 frente ao mesmo intervalo de 2019 (R$ 53,6 bilhões).
No total, apenas as empresas financeiras de capital aberto, a Petrobras e a Vale lucraram, juntas, R$ 35,941 bilhões entre julho e setembro.
Esse expressivo resultado compreende 61 companhias de capital aberto, que ainda anotaram um resultado 72% acima das demais 283 empresas da Bolsa de Valores brasileira.
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Desempenho dos setores das empresas de capital aberto
Primeiramente, o setor de construção performou como o segmento de maior alta na comparação anual do trimestre. O lucro disparou 929,9% entre julho, agosto e setembro ante o mesmo trimestre de 2019, segundo os números da Economatica.
Posteriormente, o ranking é composto pelas imobiliárias, cujo resultado saltou 120% em um ano. Na avaliação de analistas, a retomada das empresas de capital aberto de construção foi impulsionada pela queda da Selic.
É possível notar, por exemplo, que os investidores saem em busca de mais rentabilidade para seus investimentos e realocam seu capital dos fundos de renda fixa, que estão rendendo a um patamar mais baixo da história, para o setor imobiliário.
Naturalmente, esse movimento eleva a demanda por imóveis. Ademais, os números das empresas no terceiro trimestre mostraram que há dinheiro em caixa e terrenos para construção.
É importante reiterar que esses números referem-se a um período em que a atividade do Brasil ainda tentava se recuperar da paralisação imposta pelo isolamento social, medida adotada para conter o avanço de covid-19.
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Lucro
As empresas de capital aberto do setor de energia elétrica lucraram, juntas, R$ 8,879 bilhões, alta de 18,6% na comparação anual. Na sequência, vieram o setor de alimentos e bebidas (R$ 7,149 bilhões, avanço de 110,1%) e o de comércio (R$ 2,307 bilhões, salto de 86,4%).
Na contramão, as empresas de transporte e serviços tiveram um desempenho negativo no terceiro trimestre deste ano. De acordo com a Economatica, o prejuízo do segmento disparou mais de 20 vezes, para R$ 2,662 bilhões.
Com isso, foi o setor com pior desempenho entre as empresas de capital aberto da Bolsa de Valores do Brasil.
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Instituições financeiras de capital aberto
Por fim, os bancos registraram declínio de 18,6% no lucro do terceiro trimestre deste ano frente ao mesmo intervalo do ano passado, embora tenham anotado alta na mesma base de comparação do segundo trimestre de 2020 e 2019. Isso fez com que o lucro recuasse de R$ 21,652 bilhões para R$ 17,627 bilhões.
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