
O dólar comercial fechou em queda de 0,84% nesta quarta-feira (12), na cotação de R$ 5,5350 na venda, repercutindo os dados de inflação dos EUA. No pregão de hoje, o câmbio deu continuidade ao movimento de correção iniciado ontem, após as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Ao Senado, o chairman esclareceu as perspectivas da instituição quanto ao ciclo de aperto monetário, garantindo que ainda não há uma definição de quando haverá um aumento na taxa de juros. Nesse sentido, a postura de Powell foi bem vista pelos investidores, abrindo espaço para um alívio na divisa americana.
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Na visão dos especialistas de mercado, o Banco Central dos EUA não será tão agressivo no processo de normalização de sua política monetária, apesar de a inflação se mostrar persistente.
Por isso, a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dentro das estimativas acelerou o apetite ao risco e fortaleceu as moedas emergentes. Segundo o Departamento do Trabalho, o indicador fechou 2021 no patamar de 7%, o maior nível em quase 40 anos.
Juros futuros refletindo o comportamento das Treasuries
Os contratos de juros futuros encerraram com redução nas taxas em todos os períodos, seguindo o rendimento dos títulos do Tesouro americano de longo prazo. Com a inflação dentro do previsto, a queda global do dólar influenciou na queda dos rendimentos das Treasuries e, estas, por sua vez, pressionaram a curva local.
Neste contexto sem grandes catalisadores, os DIs absorveram o viés externo e cederam espaço para uma correção mais intensa. Isto porque, as incertezas dos últimos dias levaram os agentes de mercado a embutir mais prêmio de risco nos títulos brasileiros.
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Por fim, a fraqueza da atividade econômica e as turbulências em ano de eleições presidenciais também são fatores que contribuíram com a queda. Desse modo, alguns trechos chegaram a cair quase 0,30%, fazendo um movimento bem atípico, considerando este começo de ano.
O DI junho/2022 caiu a 11,37% (11,43% no ajuste anterior), o DI julho/2023 recuou para 11,87% (12,08% no ajuste anterior) e o DI julho/2025 cedeu a 11,21% (11,52% no ajuste anterior).
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Dólar tem pregão de baixa após inflação dos EUA vir dentro do previsto
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