
O dólar comercial fechou em alta de 0,54% nesta terça-feira (18), na cotação de R$ 5,5580 na venda, refletindo o exterior adverso e as tensões políticas. Diante da preocupação acerca da velocidade de aperto monetário nos EUA, a divisa americana ganhou força nos mercados emergentes.
Isto porque, os rendimentos das Treasuries de longo prazo renovaram as máximas em meio à expectativa de que o Federal Reserve terá atuação mais agressiva.
Visando combater a escalada da inflação, o Banco Central deve acelerar o aumento dos juros no país, ao mesmo tempo em que trabalha na redução de seu balanço patrimonial. Desse modo, a instituição pretende enxugar a liquidez para reduzir a oferta de dólar em circulação no mercado e elevar o preço da moeda.
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Ao mesmo tempo, no Brasil, a cotação da divisa dos EUA oscilou boa parte do dia e chegou a ficar negativa com a entrada de fluxo pontual no câmbio. No entanto, este viés não se manteve e a pressão externa impulsionou a demanda local, o que levou o real a contabilizar um desempenho negativo.
Outro ponto crítico foi a paralisação dos servidores públicos e as manifestações dos órgãos, reivindicando aumento de salário e melhoria nas condições de trabalho. Desse modo, a cena local obteve dose extra de tensões, o que também fez o real perder força no período da tarde.
Mesmo assim, alguns gestores pontuaram que a moeda brasileira ainda esta performando melhor do que os seus pares, apresentando assimetria favorável apesar de todo o contexto de turbulências e volatilidade.
Juros futuros avançam mantendo o viés deste pregão
Os contratos de juros futuros encerraram com viés de alta, embora os vértices de curto prazo tenham desacelerado no final do pregão. O avanço nas Treasuries, bem como a aversão ao risco provocada pela antecipação do aumento dos juros nos EUA pressionaram a adição de prêmio.
O movimento de hoje, acima de tudo, precificou o resultado da reunião do Fed da próxima semana, promovendo um ajuste de alta na renda fixa. Segundo o chefe de estratégia do banco BMO Capital Markets, Ian Lyngen, “o retorno da T-note de dois anos a 1,056% emite uma mensagem agressiva”.
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Da mesma forma, o salto dos Fed Funds futuros com vencimento para abril indica uma probabilidade de 100% de que haverá um aumento de 0,25% na taxa básica já em março. Por isso, a curva a termo se ajustou ao exterior, mantando a tendência positiva vista desde o início das negociações.
O DI junho/2022 caiu a 11,29% (11,31% no ajuste anterior), o DI julho/2023 avançou para 12,11% (12,04% no ajuste anterior) e o DI julho/2025 subiu a 11,47% (11,33% no ajuste anterior).
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Dólar recupera o patamar de R$ 5,55 com foco no exterior e nas tensões políticas
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