
O dólar comercial fechou em queda de 0,50% nesta sexta-feira (18), na cotação de R$ 5,1390 na venda, concluindo a sexta semana consecutiva de baixa. Contrariando a tendência internacional, a divisa americana se enfraqueceu no câmbio local, reagindo à entrada de fluxo estrangeiro.
Nesse sentido, o real mostrou o melhor desempenho dentre as moedas emergentes, liderando, com folga, a valorização anual em relação ao dólar. Isto porque, o país elevou a taxa básica de juros a um patamar apropriado ao risco que o mercado oferece – atualmente a Selic está em 10,75% ao ano.
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Considerando que o ciclo de aperto monetário ainda não chegou ao fim, é provável que esta taxa fique ainda mais alta nos próximos meses. Por esse motivo, os investidores voltaram a apostar na moeda brasileira, prevendo que a renda fixa continuará muito atrativa ao capital externo.
Além disso, os analistas acreditam que as tensões entre a Rússia e a Ucrânia devem continuar impactando os preços das commodities. E nesse caso, o Brasil, na condição de terceiro maior exportador mundial de grãos, tende a se beneficiar com essa situação.
Por fim, diferentes casas de análise apostam que o patamar de R$ 5 será o possível teto para a valorização do real, tendo em vista o cenário eleitoral, as contradições no quadro fiscal e o baixo crescimento econômico previsto para 2022.
Juros futuros têm viés de baixa seguindo o movimento das Treasuries
Os contratos de juros futuros encerraram mostrando viés de baixa, apresentando um movimento em linha com o comportamento das Treasuries (rendimentos dos títulos do Tesouro americano). A queima de prêmio de risco se deu ao longo da curva, sobretudo, nos vértices intermediários e longos.
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Em contrapartida, a baixa liquidez e o dia de grande adversidade no exterior pressionaram os trechos de curto prazo, que registraram leve aumento, em sinal de cautela. Mesmo assim, o ingresso de recursos no câmbio renovou os ânimos e alguns DIs tiveram queda de até 5 pontos-base.
O DI junho/2022 avançou para 11,34% (11,33% no ajuste anterior), o DI julho/2023 caiu para 12,35% (12,40% no ajuste anterior) e o DI julho/2025 recuou a 11,31% (11,36% no ajuste anterior).
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Dólar fecha a R$ 5,13 concluindo a sexta semana consecutiva de baixa
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