
O dólar comercial é negociado em alta nesta sexta-feira (03), refletindo o sentimento de aversão ao risco no exterior, com os investidores precificando os efeitos da pandemia.
O colapso da atividade econômica na Europa e as projeções ruins para Estados Unidos e Brasil pressionavam a demanda por ativos mais seguros.
Além disso, as estimativas internas de queda de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 e a piora no ambiente político contribuíam com o desempenho ruim do câmbio.
O mercado repercutia as declarações do presidente Jair Bolsonaro ao criticar o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, dizendo que eles não estão se entendendo há algum tempo.
Outro aspecto de destaque era a ameaça velada que o chefe do executivo fez aos governadores e prefeitos, afirmando que poderia reabrir o comércio “com uma canetada” na semana que vem, caso as autoridades locais não interferissem na quarentena.
Neste contexto, o real faz uma sessão de depreciação, reagindo às perspectivas negativas para o cenário nacional, sobretudo, ante a explosão de novos casos de Covid-19, que são esperados para os próximos dias.
Ás 11h30 (horário de Brasília), o dólar comercial avançava 0,55% contra o real, sendo cotado a R$5,2940 na venda.
Juros Futuros
Na renda fixa, os contratos de juros futuros apresentavam redução nas taxas em todos os períodos, acompanhando a tônica cambial de ajuste da exposição ao risco.
O DI novembro/2020 caía 1,85% sendo negociado a 3,17% (3,23% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2025 declinava 0,15% sendo vendido a 6,94% (6,95% no ajuste anterior).
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