
O dólar comercial operava em queda nesta terça-feira (03), abaixo da fronteira psicológica de R$4,20, repercutindo o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
No terceiro trimestre, o PIB cresceu 0,6% em comparação aos três meses imediatamente anteriores, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número surpreendeu os investidores, que projetavam um aumento de apenas 0,4% no período, demostrando o ritmo de aceleração das atividades no país.
Mesmo com essa melhora no cenário macroeconômico, não houve alterações na precificação do corte na taxa Selic na reunião dos dias 10 e 11 de dezembro.
Na manhã de hoje, as apostas do mercado indicavam 65% de chance de redução em 0,50% na taxa básica de juros e 35% sinalizavam para baixa de 0,25%, segundo a Haitong Banco de Investimentos.
Outro fator que pressionava a depreciação da divisa americana foi o leilão conjugado de recursos à vista com swap cambial reverso, realizado pelo Banco Central, que vendeu ao mercado US$500 milhões.
Ás 12h30 (horário de Brasília), o dólar comercial recuava 0,40% contra o real, sendo cotado a R$4,1950 na venda.
Na renda fixa, os contratos de juros recuavam alinhados à queda do câmbio, refletindo o aumento dos riscos de inflação gerados pelo aquecimento da economia.
O DI março/2020 caía 0,66%, sendo negociado a 4,49% (4,50% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2023 recuava 0,50%, sendo vendido a 5,92% (5,96% no ajuste anterior).