
O dólar comercial fechou em queda de 2,14% nesta terça-feira (17), na cotação de R$ 4,9410 na venda, seguindo o clima positivo no exterior. Pressionada por um forte apetite a ativos de risco, a divisa americana passou por uma onda de sell-off em nível global, registrando a maior baixa desde agosto do ano passado.
Com isso, a taxa de câmbio terminou abaixo da fronteira psicológica de R$ 5, acelerando as perdas após as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O chairman explicou que existe uma ampla vertente na instituição que apoia um novo aumento na taxa de juros em 0,5% na próxima reunião.
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No entanto, ele confirmou que o Comitê dará sequência à política de aperto monetário até começar a ver sinais de arrefecimento da inflação. “Se não virmos isso, teremos de considerar agir de forma mais agressiva” – disse Powell, certamente destacando a importância do ciclo de aumento na taxa básica.
Ao mesmo tempo, ficou em destaque as notícias sobre o controle das infecções por Covid-19 na China, abrindo espaço para a flexibilização das medidas de restrição. Como resultado, o fato aliviou as pressões sobre o setor de tecnologia e de produção, que devem voltar com as atividades.
Juros futuros declinam com foco no câmbio e no IGP-10
Os contratos de juros futuros encerraram com declínio nas taxas em todos os períodos, em sintonia com o câmbio e o Índice Geral de Preços-10. Além da queda no dólar, a leitura da inflação mensurada pelo IGP-10 veio abaixo do previsto, contribuindo favoravelmente para uma dinâmica negativa da curva.
Com efeito, os agentes financeiros continuaram a repercutir as declarações do diretor do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, que foram interpretadas como “dovish”, já que ele deixou claro que prefere uma taxa de juros com menos flutuações.
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Por fim, os trechos curtos e intermediários registraram maior queda no prêmio de risco, após a redução das perspectivas para a Selic, que estão em 14%.
O DI outubro/2022 caiu a 13,20% (13,22% no ajuste anterior), o DI janeiro/2024 recuou a 12,99% (13,07% no ajuste anterior) e o DI outubro/2025 declinou a 12,29% (12,34% no ajuste anterior).
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Dólar cai 2,14% e fecha a R$ 4,94 seguindo o clima positivo no exterior
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