
As Bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quinta-feira (29) sem assumir uma direção comum, reagindo às diferentes variáveis do cenário externo.
Sobre a disputa comercial sino-americana, o Ministério do Comércio chinês anunciou hoje que está em comunicação efetiva com Washington e que os dois países estão discutindo se darão sequências às negociações agendadas para setembro.
Segundo Gao Feng, o porta-voz do ministério, o governo dos EUA precisa criar um ambiente que proporcione o desenvolvimento do diálogo bilateral sobre as questões comerciais.
Os investidores também monitoraram a inversão da curva de juros dos títulos públicos do Tesouro americano de 2 e 10 anos, que mantiveram a diferença, demonstrando que se aproxima um cenário de recessão na maior economia do mundo.
Também no radar, a política europeia catalisou as movimentações do mercado asiático. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, solicitou o fechamento do Parlamento até o dia 14 de outubro, para impedir o avanço de leis que impeçam a execução de um Brexit sem acordo.
A data final para o Reino Unido se retirar da União Europeia é 31 de outubro e o premiê Johnson pretende fazê-lo a qualquer custo.
Enquanto isso, na Itália, o Movimento 5 Estrelas (M5E) e o Partido Democrático fizeram uma parceria para construir um governo de coalizão, superando o fracasso da liderança anterior.
Não obstante as incertezas que assolaram as expectativas do mercado, o desempenho misto dos índices demonstrou certo tom de cautela, com os agentes se refugiando em ativos mais seguros.
Mercados da China e Japão
Na cidade chinesa de Xangai, o Xangai Composto registrou queda de 0,10% aos 2.890 pontos e em Shenzhen, o menos abrangente SZSE Component declinou 0,16% aos 9.398 pontos.
No Japão, o Nikkei 225 fechou com variação negativa de 0,09% aos 20.460 pontos, com os setores de serviços e consumo doméstico limitando o desempenho das opções gerais.
Demais Bolsas asiáticas
Na Bolsa de Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,34% aos 25.703 pontos, com o otimismo com as negociações EUA-China superando as instabilidades políticas locais.
No Seul, o Kospi recuou 0,40% aos 1.933 pontos, refletindo a notícia de que o Japão retirou oficialmente o país da lista de parceiros comerciais, acentuando o conflito entre os dois países.
Em Jacarta, o IDX Composite subiu 0,12% aos 6.289 pontos e na cidade de Mumbai, o Nifty 50 desabou 0,89% aos 10.948 pontos.
Mercados da Oceania
Na Bolsa australiana, o S&P ASX 200 fechou mais um pregão em território positivo, avançando 0,10% aos 6.507 pontos, apoiado pelas ações de empresas locais.
Na capital Wellington, o NZX 50 declinou 0,43% aos 10.580 pontos, pressionado pelas companhias Vista (-28,97%), Meridian Energy (-2,98%) e Sky Network Television (-2,65%), que lideraram as perdas do índice.
Cidade | Índice | 28/08 | 29/08 |
Sidney | S&P ASX 200 | +0,45% | +0,10% |
Wellington | NZX 50 | +1,08% | -0,43% |
Hong Kong | Hang Seng | -0,19% | +0,34% |
Seul | Kospi | +0,86% | -0,40% |
Tóquio | Nikkei 225 | +0,11% | -0,09% |
Mumbai | Nifty 50 | -0,53% | -0,89% |
Jacarta | IDX Composite | +0,06% | +0,12% |
Xangai | Xangai Composto | -0,29% | -0,10% |
Shenzhen | SZSE Component | -0,31% | -0,16% |