
A Bolsa brasileira acelerou as perdas nesta quinta-feira (23), reagindo à piora no quadro fiscal, em meio às discussões sobre a ampliação dos gastos públicos. O governo propôs o pagamento de um “auxílio caminhoneiro”, visando atender às demandas do setor frente ao aumento dos preços dos combustíveis.
Nesse contexto, é grande a preocupação com o cumprimento do teto de gastos, tendo em vista o volume de despesas que está ultrapassando o limite constitucional. Desse modo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a situação fiscal está impactando o balanço de riscos no país.
Por esse motivo, o executivo confirmou que a tese de manutenção da Selic até 2024 está ganhando força na autoridade monetária. Além disso, ele reforçou que o objetivo para o próximo ano é manter a inflação abaixo de 4% para não acentuar os impactos na atividade econômica, uma vez que o exterior já apresenta muitas turbulências.
Ao mesmo tempo, o mau humor das Bolsas internacionais refletia em um movimento de sell-off nas ações locais, com o índice geral anotando perdas em praticamente todos os setores. A exceção, todavia, era algumas empresas do setor de varejo, que operavam em território positivo.
+ Inscreva-se para a segunda edição do Invest Day!
A seguir, as principais movimentações na B3:
Top 5 máximas do índice geral: Locaweb (LWSA3), Magazine Luiza (MGLU3), BRF (BRFS3), Méliuz (CASH3) e Via (VIIA3).
Top 5 mínimas do índice geral: SLC Agrícola (SLCE3), Suzano (SUZB3), Eneva (ENEV3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4).
Às 14h23 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 1,10% aos 98.429 pontos, registrando um volume financeiro de R$ 10,479 bilhões.
Dólar avança de olho em Powell e Campos Neto
O dólar comercial subia 0,77% contra o real, na cotação de R$ 5,2160 na venda, refletindo as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes. Na véspera, ele deu um depoimento ao Senado, enfatizando o compromisso da instituição com o controle da inflação.
+ Guia de A a Z de como se tornar um Trader: Baixe agora!
Em contrapartida, por aqui, os investidores também repercutiam as declarações de Campos Neto sobre as projeções para a Selic e para o câmbio. Ele explicou, contudo, que a normalização da política monetária no exterior pode fortalecer o dólar em detrimento do real, ainda que os juros locais permaneçam atrativos.
Quer ficar informado de todas as novidades sobre o mercado financeiro? Então participe gratuitamente do Canal do Fast Trade no Telegram!
Bolsa brasileira tem pregão de forte queda com foco no quadro fiscal; dólar sobe
Leia também:
Goldman Sachs revisa projeções para a Rumo, mas mantém recomendação para as ações