
A Bolsa brasileira opera volátil nesta quarta-feira (13), refletindo os dados de inflação nos EUA e o acirramento das preocupações com uma recessão global. Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) norte-americano subiu 1,3% em junho, de acordo com o Departamento do Trabalho.
No acumulado de 12 meses, o indicador avançou 9,1%, registrando o maior salto desde 1981. Além disso, o percentual superou as projeções dos analistas e deixou claro o cenário negativo no país, o que corrobora com a tese de que o Federal Reserve adotará uma política de aperto monetário mais agressiva na próxima reunião.
Na avaliação do J.P. Morgan, é pouco provável que o comitê do Banco Central promova um reajuste de apenas 0,5% nos juros, considerando a urgência de atuar frente a esta conjuntura. Desse modo, os analistas do banco acreditam que o aumento na taxa será de 0,75% ou mais, o que deve acentuar o clima de insegurança.
Enquanto isso, no Brasil, o índice geral virou para alta impulsionado pelas ações da Ambev (ABEV3) e da Petrobras (PETR3/PETR4). Depois de oscilar em baixa na abertura dos negócios, os ativos locais ganharam força, certamente, reagindo às boas perspectivas para o setor de bebidas e de consumo cíclico.
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Ao mesmo tempo, as vendas no varejo também estavam no radar, após o indicador subiu apenas 0,1% em maio, mostrando uma desaceleração no ritmo de crescimento.
A seguir, as principais movimentações na B3:
Top 5 máximas do índice geral: Ambev (ABEV3), BRF (BRFS3), Carrefour (CRFB3), Lojas Renner (LREN3) e CSN (CSNA3).
Top 5 mínimas do índice geral: 3R Petroleum (RRRP3), Rede D’Or (RDOR3), Cielo (CIEL3), Magazine Luiza (MGLU3) e Yduqs (YDUQ3).
Às 14h00 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,34% aos 98.594 pontos, registrando um volume financeiro de R$ 8,592 bilhões.
Dólar tem forte queda de olho na inflação dos EUA
O dólar comercial perdia 1,12% contra o real, na cotação de R$ 5,3740 na venda, pressionado pelos dados mais fortes de inflação nos EUA. Nesse sentido, cabe ressaltar que o aumento nos preços está ficando cada vez mais disseminado entre os principais componentes da economia, o que pode dificultar o trabalho do Fed.
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Devido à abrangência do indicador, os dirigentes do BC norte-americano podem não encontrar espaço para reduzir o ritmo de altas nos juros. Com efeito, este contexto aumenta, de forma sensível, as chances de ocorrer uma recessão no curto prazo e isso tende a trazer volatilidade aos ativos de risco.
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