
A Bolsa brasileira opera em queda nesta sexta-feira (29), pressionada pela temporada de balanços corporativos e pelas incertezas da cena fiscal. Fazendo uma sessão de intensa volatilidade, o índice geral repercutia as falas do presidente Jair Bolsonaro que derrubaram as ações da Petrobras.
Isto porque, o líder do Planalto afirmou que a estatal precisa aumentar os preços dos combustíveis para seguir a legislação que, atualmente, está sendo revisada. Ele também explicou que a companhia precisa ter um papel social e não pode ter lucros tão altos.
Desse modo, os papéis da estatal registravam perdas superiores a 4%, mesmo após divulgar números robustos no terceiro trimestre. Inclusive, a Petrobras divulgou que vai antecipar o pagamento de dividendos no valor de R$ 31,6 bilhões, o que é um reflexo de seu excepcional desempenho.
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Ao mesmo tempo, no cenário político, a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos precatórios foi adiada novamente e ficará para a próxima semana. Essa informação foi divulgada pelo líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP).
Como resultado, os investidores continuam receosos frente à possível extensão do Auxílio Emergencial através da abertura de créditos suplementares. Esta é a alternativa que está sendo costurada pelo governo, caso o projeto dos precatórios não seja aprovado.
A seguir, as movimentações do pregão na B3:
Maiores altas do índice geral: Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Suzano (SUZB3).
Maiores quedas do índice geral: Alpargatas (ALPA4), Usiminas (USIM5), Getnet (GETT11), Banco Inter (BIDI4) e Petrobras (PETR3).
Às 13h21 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,89% aos 104.765 pontos, registrando um volume financeiro de R$11,745 bilhões.
Dólar avança seguindo o clima negativo no exterior
O dólar comercial subia 0,59% contra o real, na cotação de R$ 5,6580 na venda, seguindo o clima negativo no exterior em meio às preocupações com a inflação. Assim como ocorreu nos EUA, os preços praticados na Zona do Euro também ficaram em níveis acima do esperado, de modo a pressionar as curvas de juros.
Por isso, a divisa americana se fortalecia nos mercados emergentes, refletindo a demanda por proteção diante de um cenário de instabilidade econômicas e fraqueza na recuperação da atividade pós-pandemia.
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Em contrapartida, os juros futuros recuavam precificando o superávit primário de R$ 12,9 bilhões do setor público consolidado, que surpreendeu mostrando um cenário de arrecadação melhor do que o esperado.
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Bolsa brasileira opera em queda pressionada por balanços e cena fiscal; dólar sobe
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