
A Bolsa brasileira opera em alta nesta terça-feira (22), reagindo ao fluxo comprador que ingressou no mercado local, impulsionando as principais blue chips. Ignorando a escalada de conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, o índice geral ganhava força, devolvendo parte das perdas contabilizadas na véspera.
No radar, a situação geopolítica na Europa avançou a um ponto crítico após o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecer a independência das regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk. Vale lembrar que estas cidades são controladas por separatistas pró-Rússia desde 2014.
No entanto, para confirmar o novo posicionamento, Moscou enviou tropas para cumprir “operações de paz” nestas localidades, o que acentuou as tensões no velho continente. Além dos EUA, a União Europeia também condenou a atitude do Kremlin, anunciando a imposição de sanções.
Enquanto isso, por aqui, o pregão era de ganhos em praticamente todos os setores. Principalmente após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciar que as propostas referentes à PEC dos Combustíveis foram deixadas em segundo plano.
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Contudo, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) recuavam após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que não existe razão técnica para a estatal internacionalizar os preços dos combustíveis. Atualmente, o petista lidera as pesquisas de intenções de votos para as eleições presidenciais.
A seguir, as movimentações do pregão na B3:
Maiores altas do índice geral: Soma (SOMA3), Cogna (COGN3), Localiza (RENT3), Locamérica (LCAM3) e Rumo (RAIL3).
Maiores quedas do índice geral: Banco Inter (BIDI11), Americanas (AMER3), Embraer (EMBR3), 3R Petroleum (RRRP3) e Cosan (CSAN3).
Às 13h59 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,85% aos 112.675 pontos, registrando um volume financeiro de R$11,521 bilhões.
Dólar tem forte queda desviando do mau humor internacional
O dólar comercial caía 0,92% contra o real, na cotação de R$ 5,0610 na venda, desviando do mau humor visto nos mercados internacionais. Pressionada pela entrada de recursos no câmbio local, a divisa americana alcançava as mínimas deste pregão, chegando a testar o menor patamar desde julho.
Nesse sentido, o real vem em uma trajetória de valorização de 8% no ano, que o colocou como um dos melhores ativos em performance de 2022. Assim, em virtude do alto nível dos juros praticados, o movimento de “carry-trade” ganhou tração, levando a um aumento nas posições compradas em moeda brasileira.
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Além disso, o salto nos preços das commodities, que é uma das bases comerciais do país, também contribuía com a atração de divisas para a cena local. E apesar de haver um certo nível de desancoragem em relação aos níveis de inflação deste ano, a expectativa é que a Selic traga de volta o indicador ao centro da meta.
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Bolsa brasileira avança mais de 1% com fluxo comprador no mercado local; dólar cai
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