
A Bolsa brasileira opera em forte queda nesta quinta-feira (05), fazendo um dia de forte correção após as decisões de juros dos Bancos Centrais. Em sintonia com o sentimento negativo de Nova York, o índice geral zerou os ganhos do mercado doméstico acumulados em 2022.
Na véspera, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) decidiu elevar em 0,5% a taxa de juros nos EUA, que passou ao intervalo entre 0,75% e 1% ao ano. Contudo, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, trouxe alívio ao afirmar que a instituição não pretende acelerar o ritmo de aperto.
Ao mesmo tempo, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reajustar a taxa Selic em 1 ponto percentual, levando-a ao patamar de 12,75% ao ano. Além disso, o Banco Central indicou que haverá um novo aumento na próxima reunião, porém, de menor magnitude.
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Nos dois casos, as decisões já haviam sido precificadas pelos investidores, todavia, a postura mais rígida do Fed provocou um clima de aversão ao risco. Isto porque, Powell sinalizou que a instituição gostaria de ver uma recomposição mais rápida dos juros, mas entende que isso implicaria em efeitos na economia.
A seguir, as principais movimentações na B3:
Ações positivas no índice geral: Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11) e Gerdau Metalúrgica (GOAU4).
Top 5 mínimas do índice geral: Totvs (TOTS3), Magazine Luiza (MGLU3), Cielo (CIEL3), Iguatemi (IGTI11) e CSN (CSNA3).
Às 14h23 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 3,19% aos 104.891 pontos, registrando um volume financeiro de R$ 14,298 bilhões.
Dólar dispara mais de 2% com ajustes nos juros globais
O dólar comercial subia 2,65% contra o real, na cotação de R$ 5,0270 na venda, alinhado com o movimento de ajuste nos juros globais. Impulsionada pelo viés do exterior, a divisa americana se fortalecia no câmbio local, com os investidores ainda digerindo as decisões de política monetária nos EUA e no Brasil.
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Nesse sentido, também ganhou destaque o aumento superior a 7 pontos-base nos rendimentos das Treasuries com vencimento em dez anos, que chegaram ao patamar de 3,062%. Depois que Powell garantiu que não haverá um aumento de 0,75% na taxa básica, a curva dos títulos ganhou inclinação, no compasso do dólar.
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Bolsa brasileira desaba em dia de correção após decisões de juros; dólar avança
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