
Após quase ter sido analisado pelos senadores na quarta-feira (21), o projeto que prevê a autonomia do Banco Central deve ser votado em dez dias. A sinalização é do ministro da Economia, o economista Paulo Guedes, em cerimônia no Palácio do Planalto na quinta-feira (22).
Ele aproveitou a oportunidade para reforçar a mensagem de que o Brasil está voltando ao trilho, mas também fez um aceno à agenda de reformas. Segundo o ministro, o projeto “meta brasileira de 40 anos” que prevê a autonomia do Banco Central será importante para garantia de uma moeda forte.
Além disso, um BC independente assegura juros baixos devido a força da moeda, de acordo com ele. “Não vai haver inflação mais”, disse.
Lei de falências e “marcos”
Guedes também ressaltou a importância de uma modernização na lei de falências, projeto já aprovado na Câmara, mas que ainda precisa ser apreciado no Senado.
Na avaliação do ministro, a medida vai possibilitar que os empresários possam “se levantar rapidamente” para “erradicar desemprego em massa”.
De acordo com a Reuters, Guedes também chamou a atenção para melhoria buscada em marcos regulatórios, como para o setor de gás, por exemplo.
Após ter sido chancelado anteriormente pelos deputados, esse projeto também precisa ser analisado e votado pelos senadores.
Cerca de R$ 700/800 bilhões em investimentos podem ser destravados apenas em saneamento, segundo Guedes em citação ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Após o novo marco do saneamento ter sido sancionado em julho, “agora vem aí também setor elétrico, cabotagem, petróleo, gás natural”, segundo ele.
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Nesse contexto, o presidente-executivo da Abrace, Paulo Pedrosa, responsável por representar grandes consumidores de energia e indústrias eletrointensivas, acredita que o novo marco legal do mercado de gás será capaz de acionar “gatilhos de competitividade” na indústria nacional.
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