
A Azul (AZUL4) registrou prejuízo líquido ajustado, excluindo eventos não recorrentes, ganhos e perdas com marcação a mercado e variação cambial, de R$ 1,22 bilhão.
De acordo com a Companhia, isso representa uma perda de R$ 3,57 por ação preferencial, e US$ 1,99 por ADR.
Segundo os destaques financeiros e operacionais da empresa, seu desempenho entre julho e agosto ainda reflete os impactos da pandemia de covid-19.
No geral, o segmento foi duramente afetado pelas restrições à atividade e interrupção do tráfego aéreo.
Na contramão dos reflexos negativos, a Companhia foi beneficiada por um ganho não recorrente de R$ 424,1 milhões no terceiro trimestre.
Conforme o press release, esse ganho está atrelado à renegociação dos contratos de arrendamento de aviões. Nesse sentido, houve postergação de pagamentos, descontos e modificações contratuais.
De acordo com o presidente da Azul, John Rodgerson, a aérea foi a única das Américas a manter sua liquidez sem levantar caixa.
Foi registrado um total de caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras de curto prazo e contas a receber de R$ 2,30 bilhões no terceiro trimestre ante R$ 2,25 bilhões do trimestre imediatamente anterior.
Esse montante não engloba os recursos captados com a recente oferta de emissão de debêntures conversíveis de R$1,7 bilhão.
Para Rodgerson, esse aumento de caixa mostra uma melhora significativa em relação à queima diária de caixa de R$ 3 milhões originalmente esperada.
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Plano de retomada da AZUL4
Em relatório, a Companhia enalteceu a implementação do plano de retomada das operações. A medida tem como meta a geração de uma economia de caixa e capital de giro de R$ 8,4 bilhões entre março 2020 e dezembro do ano que vem.
O CEO da Azul destacou que a “robusta posição de liquidez” alcançada pela aérea “garantirá” sua perenidade.
Para os últimos três meses deste ano, a Azul projetou uma queima diária de caixa de aproximadamente R$ 1,5 milhão, sem amortização de dívida programada, como resultado das negociações com bancos.
Outra estimativa da empresa é que a oferta doméstica chegue a cerca de 80% da oferta pré-coronavírus no 4T20.
Em setembro, a capacidade doméstica da Azul representou 49% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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Receita e Ebitda
No 3T20, a receita líquida da Azul disparou 100,5% frente ao segundo trimestre do mesmo ano (R$ 401,6 milhões), totalizando R$ 805,3 milhões.
Em contrapartida, o indicador despencou 73% na comparação anual em razão da pandemia que abalou, dentre outros pontos, a demanda de passageiros.
Por outro lado, suas despesas operacionais recuaram 57,9%, para R$ 1,05 bilhão, seguido dos gastos com combustíveis (-72,1%, para R$ 226,1 milhões).
Assim também, as despesas com folha de pagamento contraíram 36%, para R$ 309,6 milhões.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 78%, para R$ 198,3 milhões.
Na frente operacional, a oferta de voos (ASK) recuou 66,6%, enquanto a demanda (RPK) declinou 69%. Por sua vez, a taxa de ocupação foi de 78,4% no terceiro trimestre. A ocupação do mesmo intervalo de 2019 era de 84,3%.
Acesse o resultado do terceiro trimestre da Azul na íntegra e confira as atualizações sobre retomada.
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Azul liquida oferta pública de debêntures
Por fim, a Azul concluiu o “bookbuilding” da oferta pública de distribuição de debêntures conversíveis em ações preferenciais para sustentar seu capital de giro.
Além disso, a Companhia planeja investir na expansão da atividade de logística e “outras oportunidades estratégicas”.
Para mais detalhes da operação, acesse: Anúncio de Encerramento – Debêntures Conversíveis. Veja também: Liquidação da Oferta Pública de Debêntures Conversíveis no Brasil.
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