
Diante de uma crise sem precedentes como a provocada pelo Covid-19, as ações das empresas de software estão demonstrando uma forte resiliência no mercado financeiros.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que esta crise de agora não se assemelha à que ocorreu em 2008, quando a relação entre preço e receita das ações das empresas de software caiu quase 75%.
Embora o mercado tenha passado por vários circuits breaker, segundo o Goldman Sachs, estes ativos sofreram redução de apenas 30% em março, e já recuperaram quase 18% em abril.
Mesmo as ações que estavam no topo de valorização antes da pandemia, estão se mostrando mais resistentes do que o mercado acionário como um todo.
Mas isso está acontecendo devido à mudança fundamental na importância dos softwares no gerenciamento das empresas e na execução dos trabalhos, conforme explicam os executivos do setor.
O próprio modelo de negócios do setor de computação em nuvem reforça a ideia de prestação de serviços virtualizada e remota, sem qualquer contato pessoal com o cliente.
Ao invés de realizar vendas individuais de licenças para a utilização de produtos, as empresas de software adotaram um modelo baseado em assinaturas, nas quais, os clientes pagam regularmente para manter o acesso.
E considerando que essa pandemia obrigou as pessoas a ficaram mais isoladas fisicamente, o ambiente virtual, que já era utilizado para tudo, passou a ser o centro de todas as interações.
Portanto, não há como negar que o mercado para as empresas de software está plenamente aquecido e em expansão, sobretudo, porque é impossível prever quando a rotina das pessoas voltará ao normal.
Nesse contexto, as ações dessas companhias tendem a manter um bom desempenho ou, como está ocorrendo em alguns casos, podem até alcançar recordes históricos por representarem segurança em meio à volatilidade.
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